Será que o
filme foi melhor?
(escrito por
Kaplan)
É a segunda vez que o filme "A garota do lado" faz com
que a arte seja imitada pela vida. Já narrei aqui, foi um dos primeiros contos,
sobre isso. E fiquei sabendo de mais um caso extremamente parecido.
Um conhecido meu, Cristiano, cheio de problemas com a esposa,
resolveu dar um tempo a ele mesmo, alugando uma pequena casa numa cidade praiana,
pequena, ele não queria saber de movimento, de confusão. E passava as manhãs
caminhando na praia. As tardes, ele ficava dentro da casa, escrevendo tudo que
lhe vinha à cabeça, numa tentativa desesperada de conseguir, nas palavras que
escrevia, as respostas que precisava.
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Solidão, paz, tranquilidade... (foto: Kaplan) |
A solidão era grande, tal como ele desejara. A praia quase
deserta, pois ali não era lugar de turistas, só os poucos moradores é que a
frequentavam e quase sempre no fim de semana. De vez em quando ele cruzava com
um pescador. Mas havia dias em que ele não via absolutamente ninguém.
Passaram-se cinco dias. E aí aconteceu o que ele não esperava.
Na sua caminhada matinal ele se deparou com uma jovem. Muito
bonita, morena, estava sozinha, deitada numa toalha, com seu biquíni molhado.
Havia acabado de sair do mar, raciocinou ele.
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Não esperava encontrar... (foto: Kaplan) |
Ela o cumprimentou, ele respondeu mas não parou, continuou a sua
caminhada. Ao regressar, lá estava ela de novo. De novo um sorriso e um
cumprimento, que ele respondeu e não parou. No dia seguinte, repetiu-se a cena
e dessa vez ela não apenas o cumprimentou, vendo que ele se afastava, ela
correu atrás e reclamou:
- Ei, cara, não precisa ser mal educado, eu só gostaria de
conversar um pouco, aqui nesta cidade não tem ninguém pra gente poder papear...
- Desculpe-me, não sou mal educado não, apenas ando querendo ficar
sozinho.
- Prazer, meu nome é Michelle, não moro aqui, só vim passar uns
dias na casa de uns parentes. e o seu nome, qual é?
- Sou o Cristiano, estou numa casa que aluguei por uns dias.
- Posso caminhar ao seu lado? Você me parece um cara legal, esses
cabelos grisalhos dizem que você é uma pessoa mais experiente do que eu...
gosto de conversar com homens maduros.
Cristiano sentiu que não ficaria livre da moça. Olhou bem pra ela,
parecia novinha.
- Sei que é falta de educação, mas... qual sua idade?
- Me acha muito nova, né? Quantos anos você pensa que tenho?
- Eu diria uns 16 ou 17...
- Errou grande, tenho 19. Se não acredita, quando voltarmos eu te
mostro minha carteira de identidade.
- Não parece mesmo não...
- Mas mudando de assunto, o que você faz da vida?
- Sou advogado, e você?
- Estudo ainda, quero ser médica. Estou no terceiro período na
faculdade.
- Legal.
- Penso que sim, tenho gostado muito até agora. Você está de
férias?
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É... acho que vou ter companhia todos os dias... (foto: Kaplan) |
Cristiano se desarmara por completo. Aqueles dias em completo
silêncio parece que fizeram com que ele tivesse necessidade de conversar, de
expor seus problemas e aquela moça surgiu na vida dele... devia ter uma
explicação para isso.
Por que, no fim do mundo, uma futura médica apareceu na
vida dele? Sem pensar muito, ele desabafou, contou dos problemas que enfrentava
na vida de casado e disse o motivo que o levara ali: queria decidir o que fazer
da vida.
- Tá pensando em se separar?
- A idéia me surgiu... penso e avalio... ainda não sei.
- Ei, já andamos muito, vamos voltar.
Fizeram meia volta e voltaram, primeiro em silêncio e depois ela
tomou a iniciativa.
- Você tem filhos?
- Sim, um casal, minha filha tem quase a sua idade.
- Bacana... e eles sabem desses problemas que você e sua esposa
enfrentam?
- Nunca abrimos o jogo com eles, pelo menos eu não, não sei se
minha esposa falou, acho que não.
- Tem idéia de como eles reagiriam a uma separação?
- Isso é uma das coisas que ando pensando... bem, são adultos,
acho que iriam encarar sem maiores problemas.
- Meus pais se separaram há dois anos. E até hoje eu não consigo
encarar bem... moro uns meses com ele, outros com ela... e ainda não acho nada
legal...
Cristiano voltou a pensar que aquele encontro não era casual...
Conversaram ainda um bom tempo até chegarem ao local onde ela
deixara a toalha.
- Vou ficar mais um pouco aqui. Você fica ou vai?
- Eu vou.
- Está morando onde?
- Na casa de seu Armindo, ele me alugou.
- Sei onde é, moro perto. Então, se você vier caminhar amanhã,
estarei aqui!
- Ok, obrigado pela companhia. Foi legal!
Sorriu para ela e foi para a casa. Entrou, tomou um banho,
preparou dois sanduíches de queijo com presunto, comeu e bebeu uma cerveja.
Ficou matutando um bom tempo sobre a conversa com Michelle.
Nos dois dias seguintes, ele a reencontrou, no mesmo local, e
caminharam de novo e conversaram muito.
Eu vim... te quero! |
À tarde do segundo dia, ele teve uma surpresa. Estava deitado,
pensando, como sempre fazia, quando ouviu baterem à porta. Foi abrir. Era
Michelle. Vestia um shortinho bem justo e um bustiê.
Ele temia que aquilo acontecesse. Havia notado o clima que rolara
entre os dois,uma química perfeita. Mas uma aventura, naquele momento... era
difícil pensar nessa possibilidade. Não que Michelle não fosse uma mulher
adorável. Era. Mas tinha a idade de sua filha. No entanto, ele sentira que ela
ficara atraída por ele. E ele não podia negar que também ela o atraíra. Pensou
que apenas caminhar na areia com ela não levaria a nada. Mas parece que ela não
pensara nisso. Estava ali... alguma razão especial?
- Posso entrar?
- Michelle, você veio aqui para quê?
- Você sabe por que eu vim...
- Não sei se devemos...
- Queremos, não queremos?
- Sim, queremos... vamos sentar ali no jardim.
Sentaram-se num pequeno muro de pedras e o assunto demorava a
surgir.Ele pediu que ela esperasse, entrou e voltou com duas canecas de
cerveja. Ela deu um sorriso.
- É para criar coragem?
- Talvez...
- Beba meu leite... ele te dará coragem!
Beba meu leite... te dará coragem! |
Abaixou o bustiê e mostrou os seios a ele. Fascinantes, lindos...
ele já os tinha adivinhado quando caminhavam e os sutiãs que ela usava pouco
tampavam.
Emocionado pela coragem e determinação dela, ele passou as mãos
com suavidade nos seios, beijou-os e bebeu o invisível leite que não se
derramava dos biquinhos.
- Vamos entrar... aqui é muito complicado, venha, linda!
Puxou-a pela mão, entraram na casa, ele trancou a porta e quando
se virou já a viu nua, esplendidamente nua. Fez com que ela ficasse com as
mãos apoiadas na mesa, ajoelhou-se e beijou sua bundinha, sua língua percorreu
o reguinho, indo do cuzinho à xotinha, carícia que ela recebeu tremendo as
pernas. Depois ele a virou e sua língua entrou dentro da xotinha, lambeu-a
toda, e ouviu Michelle gemer de prazer.
Ele ainda estava de calça, e ela se encarregou de tirá-la. E foi a
vez de ela se ajoelhar e chupar seu pau, para, depois, sentá-lo numa cadeira e
sentar por cima dele, pulando de alegria vendo o pau dele entrar e sair de sua
xotinha.
Prorromperam num gozo fantástico, simultâneo.
Ela se levantou, se vestiu e foi embora, dando um sorriso pra ele.
Na manhã seguinte, ele não a encontrou na praia. Achou estranho,
mas, por mais que esperasse, ela não apareceu. Tentou encontrá-la na cidade,
mas por mais que a descrevesse, ninguém sabia da existência da tal Michelle.
Ele nunca mais soube dela.
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