(escrito
por Kaplan)
Max e Joana eram namorados e gostavam muito de
literatura erótica. Ele lia para ela, quando estavam a sós, porque os pais dela
não gostariam de saber. Mesmo porque, invariavelmente, depois da leitura,
rolava uma gostosa transa entre eles, também desconhecida dos pais.
Onde Max lia? Na casa de Joana. Como o pai e a
mãe trabalhavam e ela não tinha irmãos, a parte da tarde era o horário indicado
para eles se encontrarem.
Naquele dia, ela,já apenas de camiseta e
calcinha, aguardava ansiosa a chegada do namorado com o livro que eles estavam
lendo. Ele havia parado num conto que tinha tudo para ser explosivo. A história
se passava no início do século XX, na França, e um cavalheiro ia ter um
encontro, conseguido a duras penas, com a dama de seus sonhos. Só que, no dia e
horário que ela marcara, ele apareceu e a criada lhe disse que “madame saiu e
só voltará à noite”. Então o “monsieur”, desapontado, escreveu um recado e
ficou conversando com a criada, moça nova, bonita e acabou descobrindo que sua
ida não seria em vão, quando ela perguntou o que poderia fazer para lhe ser
útil.
Foi nesse trecho que Max parou e agora iria
retomar.
Ela sentou no sofá, com as pernas pra cima, ele
sentou no tapete e começou a leitura:
“Armand
mal podia acreditar em sua boa sorte. Era um momento para ser aproveitado.
- Creio
que sim – disse, dando um passo em direção a ela – a menos que eu a esteja
interrompendo em alguma importante tarefa doméstica.
- De
maneira alguma. Tudo está em ordem e estou livre até madame voltar, tarde da
noite.
- Sabe,
estou encantado com a limpeza de sua roupa, Claudine. Se me permite...
Desamarrou
as pontas de cima do avental engomado, sobre os seios dela. O vestido, embaixo,
estava fechado por uma fileira de botões do pescoço à cintura.
- Os
botões nos vestidos das mulheres – disse ele, em tom brincalhão – sempre me
fascinaram. Convidam a uma especulação imediata. Fazem os dedos ficarem loucos
para desabotoá-los.
- Realmente?
Nunca pensei nisso.
Ele
desabotoou o vestido devagar, de cima para baixo, contando alto, até chegar ao
último botão, não muito acima da cintura dela.
- Botões
ou não, é difícil perceber como minhas roupas podem, de alguma maneira,
interessá-lo – disse ela com os olhos brilhando.
- O
interesse está no que escondem, como, estou certo, você sabe muito bem.
- E o que
escondem?
A mão de
Armand estava dentro do vestido, por baixo da blusa, acariciando um seio macio.
- Sua
recatada roupa negra esconde um delicioso par de atrações, Claudine.
- Talvez
essas atrações estejam escondidas, mas parecem ter um efeito notável sobre o
senhor. – E ela deslizou a mão, lentamente, para cima e para baixo na
reveladora protuberância nas calças dele, para provar o que estava dizendo.”
- Max, por favor, pare! Já estou molhadinha!
Vem cá!
Ele olhou para ela, fechou o livro e brincou:
- Mas estou vendo que você não tem botões na
sua camiseta, querida... como quer que surja uma protuberância debaixo da minha
calça?
- Deixa de ser bobo. Não tenho botões na
camiseta, mas debaixo dela tenho dois, veja!
Tirou a camiseta e apontou os dois biquinhos.
- Não são dois botões lindos, deliciosos?
- Ah, você tem razão...
E ele mamou nos botões, ops, nos biquinhos dos
seios da Joana, que, em seguida, tirou a roupa do namorado e premiou-o com um
boquete. E ele retribuiu com uma bela chupada e enfiando dois dedos na xotinha,
antes de colocá-la ajoelhada no sofá, ajoelhar no chão atrás dela e beijar-lhe
o cuzinho, a xotinha, lamber a bundinha toda.
Então ela o colocou sentado, ajoelhou-se no
tapete e fez novo boquete, e, em seguida, foi comida por Max. Depois que ela
gozou, como sempre faziam, ele tirou o pau de dentro dela e ficou se
masturbando até gozar.
Agora, era esperar o próximo dia em que ele
voltaria com o livro, para continuar lendo aquele conto que já trouxera belos
frutos aos leitores e ouvintes!
(O trecho entre aspas foi retirado do livro
“Memórias eróticas de Paris na Belle Époque, escrito por Anne-Marie Villefranche
e publicado, no Brasil, pela editora Record em 1982).
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