(escrito
por Kaplan)
Mais um amigo que nos visita quando eu estava
viajando, passa a noite lá em casa e recebe um prêmio melhor que o da Megasena:
Meg se encanta com ele e o resultado é uma noite de prazeres.
Roque era o nome deste meu amigo, colega dos
tempos da faculdade. Morava em outra cidade, mas a gente se comunicava. Numa
época em que ainda não existiam computadores pessoais nem celulares, a
comunicação era feita ou por telefone fixo ou por carta, sempre entregues
cuidadosamente pelos carteiros. Aliás, tinha um carteiro que gostava muito de
entregar cartas pessoalmente, quando morávamos em uma casa, e ficou muito
triste quando mudamos para um apartamento. Mas isso é outra história... estou
fugindo do principal.
Então, eu dizia, o Roque estava sempre em
contato e como tinha meu endereço, um dia em que ele veio à nossa cidade,
apareceu lá, de repente, sem ter avisado. E eu estava viajando, só voltaria no
dia seguinte.
Meg fez questão de que ele ficasse em nosso
apartamento, não deixou que ele fosse para um hotel, como ele disse que iria
fazer.
- Imagina se eu vou deixar um amigo do meu
marido ir para um hotel! Kaplan me enforcaria se eu permitisse tal coisa. Não
senhor, você vai ficar aqui. Só lamento que não temos um quarto para hóspedes,
espero que não se incomode de dormir no sofá.
- Não, de forma alguma me incomodo. E lamento
pelo incômodo que estou provocando.
- Roque, você não está me incomodando. Se o
Kaplan estivesse aqui seria a mesma coisa, você dormiria aqui mesmo, esquece
isso. É um prazer receber amigos aqui em casa.
Isso foi às 14 horas, quando ele chegou. Não
trouxera mala porque era viagem de um dia só, tinha a velha mochila onde
estavam os papéis que vinha regularizar, uma camisa extra e os apetrechos de
higiene. Pegou os papéis, perguntou a ela onde era o cartório mais próximo, ela
disse que o levaria lá.
- Não precisa, Meg... só me diga onde é. Não
quero incomodar!
- Roque, sabe o que me incomoda? Algum amigo
que acha que está me incomodando. Isso me incomoda muito! Cara, eu não tenho
nada para fazer. Seria muito fácil te dar o endereço do cartório, mas qual o
problema de eu te levar lá? Tenho carro, vamos, você resolve o que precisa
resolver e depois voltamos, ou, se acabar rápido, posso te mostrar alguma coisa
da cidade. Você está me proporcionando uma tarde diferente, veja só: eu ia
ficar em casa vendo televisão ou lendo, como faço todos os dias. Você me dá a
chance de fazer algo diferente, tenho de te agradecer por isso! Vou só colocar
uma roupa melhor, volto já.
Foi ai que ele reparou que ela estava com uma
camisetinha solta, bem cavada, que até mostrava bons lances de seios.
Preocupado, ele nem reparara nisso. Aí, quando voltou do quarto, ela tinha
trocado a camiseta por uma mais discreta. Um shortinho, tênis, bolsa a tiracolo:
ela estava pronta para sair com ele.
Levou-o ao cartório, conseguiu um lugar bom
para estacionar, foi com ele e aguardaram uns 15 minutos até os funcionários
conferirem, carimbarem e assinarem tudo; ele pagou, guardou a papelada toda num
envelope e voltaram para o carro.
- Muito bem, seu Roque. O que mais temos a
fazer?
- Nada, eu vim aqui apenas para isso. Estou à
sua inteira disposição.
- Já veio aqui antes?
- Já, conheço bem a cidade.
- Bem... deixa eu ver... que tal irmos ao
Shopping e fazermos um lanche, tomarmos uma cervejinha, e nos conhecermos
melhor?
- Excelente ideia!
Ela o levou ao shopping, sentaram-se na praça
de alimentação, pediram uma pizza e cerveja.
- Me fala, Roque, o Kaplan sempre me conta as
aventuras de vocês na época da faculdade. Vocês traçavam as meninas todas, não
é? Não sei como passavam de ano!
- Ele é um exagerado, claro que a gente fazia
boas farras, mas levávamos a sério os estudos também, os professores exigiam
muito da gente.
![]() |
foto: acervo pessoal Kaplan |
- E você, não quis vir morar na capital,
preferiu continuar em sua cidade natal...casou-se? Tem filhos?
- Casei ano passado, nem convidei vocês porque
não foi desses casamentos de igreja, recepção... fizemos nada disso, mas eu
comuniquei ao Kaplan. Ainda não temos filhos. Nem sei se teremos por agora,
acho melhor a gente dar um tempo, talvez daqui a uns dois anos, quem sabe a
gente pensa nisso seriamente?
- É, eu e o Kaplan decidimos não ter. Ele tirou
o diploma, mas você sabe que ele resolveu ser fotógrafo e eu o ajudo nisso. Não
ganhamos muita grana ainda, e decidimos que vamos ficar só nós dois mesmo, não
temos estrutura ainda para cuidar de crianças e trabalhar os dois. Não dá.
Foram para casa, já eram 19 horas. Ficaram
mantendo a conversa, tomando novas cervejas que ajudaram a criar um clima...
sim, amigos e amigas, Meg já ficara interessada no Roque.
Ela tinha dois grandes problemas: um, o fato
de que todos que se aproximavam dela se apaixonavam pela beleza, pela
inteligência, pelo bom papo; dois, o fato de que ela se apaixonava rapidamente,
dependendo do papo, da cultura, da educação do sujeito. E naquele momento, os
dois problemas dela já estavam manifestos. Ela estava apaixonada pelo Roque e ele
por ela. Mas havia algo que impedia que as coisas se manifestassem. Da parte
dele, ele não imaginava que eu teria um casamento aberto, eu nunca comentara
isso com ele. Da parte dela, não sabia nada do casamento dele e se ele estaria
disposto a colocar um chifre na cabeça da esposa.
Então, por mais que o papo dos dois levasse à
conclusão de que ambos queriam, nada se fazia. 23 horas, o relógio marcou.
- Vou arrumar o sofá para você dormir.
Foi buscar um lençol, um travesseiro. Resolveu
dar uma última cartada. Tirou o short, a camiseta e pôs uma camisola que não
tinha jeito de ser mais transparente: mostrava tudo. Era o xeque-mate: ou ele
entendia o que ela queria, ou nada feito.
Para sorte dela, ele entendeu. Quando ela
começou a colocar o lençol no sofá, as abaixadas que ela dava faziam as
alcinhas da camisola caírem, os seios apareciam, ela ajeitava sorrindo e
olhando para ele. Se ajoelhava no sofá para “prender o lençol”, a camisola, que
já era curtinha, subia mais um pouco e ele via o bumbum dela. Ela jogou todas
as fichas.
“Ninguém é de ferro”, pensou Roque. E atacou.
- Se bem conheço o Kaplan, ele não acharia
ruim se eu demonstrasse o tesão de que estou possuído pela esposa dele,
acharia?
- Não, ele não acharia nada ruim, pelo
contrário. E a esposa dele também não acharia nada ruim, pelo contrário!
Num segundo os dois estavam abraçados,
beijando-se, e a camisola foi arrancada, as roupas dele também, numa profusão
de beijos,amassos, chupadas, lambidas... a loucura tomou conta dos dois que não
pensaram mais nada, a não ser tirar o máximo de prazer daqueles momentos.
Roque a comeu de todos os jeitos: de frente,
cavalgando, de cachorrinho. Ela gozou duas vezes, o que não era novidade para
as garotas da faculdade, ele demorava demais para gozar e elas aproveitavam
bastante. Foi o que aconteceu com Meg, suou, gemeu, chupou, foi chupada, gozou
e quase desmaiou quando ele, finalmente, gozou dentro dela.
Quem disse que ela foi para o quarto? Dormiu
ali mesmo, no sofá, com ele e durante a noite ainda transaram mais uma longa
vez.
- Roque, maravilha você ter vindo. Sua esposa
vai saber disso?
- Não, por favor, de jeito algum. Ela não pode
saber.
- Que pena...
- Kaplan vai saber, não vai?
- Claro que vai, não escondo nada dele.
- Eu imaginava isso.
- Por favor, volte mais vezes!
Nenhum comentário:
Postar um comentário