terça-feira, 29 de agosto de 2017

Ela não aguentou ver o pintor só de bermuda



Sempre preferiu os sem bermuda...

(escrito por Kaplan)

Mais uma mudança, mais uma pintura em regra no novo apartamento, que não era totalmente novo e que os antigos donos deixaram em situação precária com relação às paredes.
Contratamos o Artur, um pintor ainda jovem,  nosso conhecido do clube. Ele olhou, fez uma cara feia.

- Gente, vai demorar isso aqui, viu? Vou ter de raspar, emassar quase tudo de novo para poder pintar. Vou ficar pelo menos uma semana aqui.
- É, já imaginávamos isso... enfim, tem de ser feito, não tem? Manda brasa! Que dia pode começar?
Passe pra ela o que você precisa... (foto: Kaplan)
- Depois de amanhã. Tenho de dar um acabamento num outro apartamento e isso eu encerro amanhã mesmo. Então, depois de amanhã eu começo.
- Ok, Meg vai estar aqui te esperando, você passa pra ela o que for necessário para comprar, aqui perto tem uma loja de material de construção, ela providencia tudo. 

E assim acertados, como ele disse, dali a dois dias lá estava ele. E Meg  já o esperava. Rapidamente ele fez a lista do que seria necessário naquele dia. Ela foi à loja e não demorou para trazer o que ele pedira.

Ao chegar, já o encontrou só de bermuda, arrumando jornais no chão para evitar que manchasse alguma coisa. E ele começou o trabalho, ela ficou lá a manhã toda, depois foi almoçar comigo. E me disse como estavam as coisas e comentou que o Artur tinha um belo corpo.

- Mas você já o viu de sunga no clube...
- É, mas sabe que ele me passou despercebido? Hoje, ficando lá até agora com ele, ele só de bermuda, é que reparei como ele tem o corpo bonito.
- A senhora faça o favor de não atrapalhar o trabalho dele... estamos pagando por hora, esqueceu?

Ela riu.

- Claro que não esqueci. Na hora de pintar, inclusive, eu vou dar uma mão a ele, para andar mais rápido. E não vou te cobrar!
- Já entendi tudo...vai pegar o rapaz, não vai?
- Confesso que a ideia me passou pela cabeça. Mas... vamos aguardar.

Voltei ao trabalho com a certeza de que ela iria pegar o Artur. Mais cedo ou mais tarde.
De noite ela me disse que não aconteceu nada, a não ser uma nuvem de poeira, resultante do lixamento das paredes.

- Amanhã ele vai emassar. Lixou tudo hoje. E depois de amanhã ele começa a pintura.

No dia seguinte, eu até dei um pulo lá no final do expediente e vi que ele trabalhava bem e bem rápido. O apartamento já estava todo emassado.

No terceiro dia, aconteceu!
E ela não perdia tempo. Era muito ousada. 
Você vai pintar assim???

Quando ele chegou, ela disse que iria ajudá-lo na pintura. Ele não se opôs. Preparou a tinta e ela foi se preparar para pintar. E voltou para perto dele.... nua!
Ele arregalou os olhos.

- O que é isso Meg?
- Uai, vou pintar o meu quarto.
- Mas não esqueceu de nada?
- Não... ah, você diz, da roupa? Não, eu só vim com aquela e não vou correr o risco de cair tinta. Prefiro ficar assim. Aliás, você já pintou nu?
- Eu não!
- Pois devia... é bem legal!

Pegou a lata de tinta, pincel e rolo e foi levando pro quarto, dando aquela rebolada que quase matou o Artur do coração. Ele sacou tudo... 

Foi ela quem sugeriu... agora aguenta!

E resolveu fazer o que ela sugerira. Tirou a roupa e começou a trabalhar pelado. Sem falar nada com ela.
Só que quando ela voltou à sala que ele pintava e o viu nu, adorou.

- Viu como é melhor?
- De fato, você tinha razão... mas Meg, vamos falar sério?
- O quê?
- Por que isso?
- Não faz a menor ideia?
- Pensei em algo, não sei se seria o que você pensou também...
- Claro que é...
- Você está brincando, né? A mulher mais desejada do clube vai querer justamente um pintor de paredes?
- Vai querer sim... e ele, vai querer?

Ele nem respondeu, chegou perto dela, se abraçaram, se beijaram... e treparam!
Foi almoçar comigo e contou. Eu ri, tinha certeza de que iria rolar... 

Essa visão é irresistível!!!
E de noite, ela me contou que rolou de novo...

- Cheguei lá, ele já estava trabalhando, e é complicado ver um homem nu, de pau bonito... né?
- Pra você... a mim não desperta o menor interesse.

Ela riu.

- Claro que não, mas a mim... mexe com tudo... mas me segurei, fui pro quarto e continuei pintando,até que senti um pinto me encostando. Aí parei e trepamos no chão mesmo...
- Pelo visto, ele ainda tem mais dois dias lá...
- É, querido, acho que vamos ter mais alguma coisa...

E teve.
Ela me contou que no dia seguinte chegou lá e foi terminar de pintar o quarto, nua também. E ele apareceu lá, peladão, para ver se ela precisava de alguma coisa. 

Estou precisando de um pincel bem duro... você tem?

- Preciso de algo, mas não pode ser brocha!

Desceu e foi dar pra ele, de novo.
Foram duas naquele dia e mais duas no último dia.

Ainda bem que as horas de trepadas não atrapalharam o cronograma que ele havia apresentado!

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