Sempre
preferiu os sem bermuda...
(escrito
por Kaplan)
Mais uma mudança, mais uma pintura em
regra no novo apartamento, que não era totalmente novo e que os antigos donos
deixaram em situação precária com relação às paredes.
Contratamos o Artur, um pintor ainda
jovem, nosso conhecido do clube. Ele
olhou, fez uma cara feia.
- Gente, vai demorar isso aqui, viu?
Vou ter de raspar, emassar quase tudo de novo para poder pintar. Vou ficar pelo
menos uma semana aqui.
- É, já imaginávamos isso... enfim,
tem de ser feito, não tem? Manda brasa! Que dia pode começar?
Passe pra ela o que você precisa... (foto: Kaplan) |
- Depois de amanhã. Tenho de dar um
acabamento num outro apartamento e isso eu encerro amanhã mesmo. Então, depois
de amanhã eu começo.
- Ok, Meg vai estar aqui te esperando,
você passa pra ela o que for necessário para comprar, aqui perto tem uma loja de
material de construção, ela providencia tudo.
E assim acertados, como ele disse,
dali a dois dias lá estava ele. E Meg já
o esperava. Rapidamente ele fez a lista do que seria necessário naquele dia.
Ela foi à loja e não demorou para trazer o que ele pedira.
Ao chegar, já o encontrou só de
bermuda, arrumando jornais no chão para evitar que manchasse alguma coisa. E
ele começou o trabalho, ela ficou lá a manhã toda, depois foi almoçar comigo. E
me disse como estavam as coisas e comentou que o Artur tinha um belo corpo.
- Mas você já o viu de sunga no
clube...
- É, mas sabe que ele me passou
despercebido? Hoje, ficando lá até agora com ele, ele só de bermuda, é que
reparei como ele tem o corpo bonito.
- A senhora faça o favor de não
atrapalhar o trabalho dele... estamos pagando por hora, esqueceu?
Ela riu.
- Claro que não esqueci. Na hora de
pintar, inclusive, eu vou dar uma mão a ele, para andar mais rápido. E não vou
te cobrar!
- Já entendi tudo...vai pegar o rapaz,
não vai?
- Confesso que a ideia me passou pela
cabeça. Mas... vamos aguardar.
Voltei ao trabalho com a certeza de
que ela iria pegar o Artur. Mais cedo ou mais tarde.
De noite ela me disse que não
aconteceu nada, a não ser uma nuvem de poeira, resultante do lixamento das
paredes.
- Amanhã ele vai emassar. Lixou tudo
hoje. E depois de amanhã ele começa a pintura.
No dia seguinte, eu até dei um pulo lá
no final do expediente e vi que ele trabalhava bem e bem rápido. O apartamento
já estava todo emassado.
No terceiro dia, aconteceu!
E ela não
perdia tempo. Era muito ousada.
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Você vai pintar assim??? |
Quando ele chegou, ela disse que iria
ajudá-lo na pintura. Ele não se opôs. Preparou a tinta e ela foi se preparar
para pintar. E voltou para perto dele.... nua!
Ele arregalou os olhos.
- O que é isso Meg?
- Uai, vou pintar o meu quarto.
- Mas não esqueceu de nada?
- Não... ah, você diz, da roupa? Não,
eu só vim com aquela e não vou correr o risco de cair tinta. Prefiro ficar
assim. Aliás, você já pintou nu?
- Eu não!
- Pois devia... é bem legal!
Pegou a lata de tinta, pincel e rolo e
foi levando pro quarto, dando aquela rebolada que quase matou o Artur do
coração. Ele sacou tudo...
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Foi ela quem sugeriu... agora aguenta! |
E resolveu fazer o que ela sugerira.
Tirou a roupa e começou a trabalhar pelado. Sem falar nada com ela.
Só que quando ela voltou à sala que
ele pintava e o viu nu, adorou.
- Viu como é melhor?
- De fato, você tinha razão... mas
Meg, vamos falar sério?
- O quê?
- Por que isso?
- Não faz a menor ideia?
- Pensei em algo, não sei se seria o
que você pensou também...
- Claro que é...
- Você está brincando, né? A mulher
mais desejada do clube vai querer justamente um pintor de paredes?
- Vai querer sim... e ele, vai querer?
Ele nem respondeu, chegou perto dela,
se abraçaram, se beijaram... e treparam!
Foi almoçar comigo e contou. Eu ri,
tinha certeza de que iria rolar...
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Essa visão é irresistível!!! |
E de noite, ela me contou que rolou de
novo...
- Cheguei lá, ele já estava
trabalhando, e é complicado ver um homem nu, de pau bonito... né?
- Pra você... a mim não desperta o
menor interesse.
Ela riu.
- Claro que não, mas a mim... mexe com
tudo... mas me segurei, fui pro quarto e continuei pintando,até que senti um
pinto me encostando. Aí parei e trepamos no chão mesmo...
- Pelo visto, ele ainda tem mais dois
dias lá...
- É, querido, acho que vamos ter mais
alguma coisa...
E teve.
Ela me contou que no dia seguinte
chegou lá e foi terminar de pintar o quarto, nua também. E ele apareceu lá,
peladão, para ver se ela precisava de alguma coisa.
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Estou precisando de um pincel bem duro... você tem? |
- Preciso de algo, mas não pode ser
brocha!
Desceu e foi dar pra ele, de novo.
Foram duas naquele dia e mais duas no
último dia.
Ainda bem que as horas de trepadas não
atrapalharam o cronograma que ele havia apresentado!
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