terça-feira, 8 de agosto de 2017

Do site para a cama, um pulo só!




Olhem que poético este encontro dela com ele! As leitoras vão amar!
(escrito por Malu)

Entrei num site de relacionamento por pura curiosidade, mas do alto das minhas exigências exageradas, imaginava que nenhum homem encontrado ali seria interessante o suficiente para despertar minha atenção e me fazer perder tempo com ele. E foi com este pensamento que comecei a conversar com Z. Papo legal, mas sem muita profundidade. No primeiro dia, nem dei muita atenção.

Acho que não devo me mostrar assim no primeiro encontro...

No dia seguinte, outro recadinho, que deixei sem resposta. No terceiro recado,  resolvi responder. Ele me pedia para conversarmos por telefone. E de algum modo, me surpreendi quando percebi que ele era diferente de outros que eu já havia conhecido. Alto astral,  bem resolvido, boa gente, calmo, ria das minhas exigências e foi logo dando nome completo, endereço, referências . Logo de início deixei claro que não queria envolvimento. Estava apenas testando o site, mas ele era convincente e disse que queria muito me conhecer. 

Por todas as informações que ele deu, inclusive que era amigo de amigos em comum, marquei o encontro na minha casa. Preparei queijos e patês para acompanhar um delicioso vinho tinto, que comecei a beber antes dele chegar e coloquei uma música suave bem convidativa. Vesti meu vestido preto favorito. 

Hoje eu posso me exibir assim.. ele vai adorar, eu acho!

Justo, curto e com uma fenda um pouco profunda no decote. Sabia que o vestido me favorecia e contava com isso para não decepcionar. Ele chegou na hora certa e parou na entrada com olhar de admiração. Demorou um pouquinho, sorrindo e então me deu o abraço mais gostoso que já recebi. Eu também fiquei satisfeita com o que vi: magro, altura mediana, bem vestido, belo sorriso no rosto autoconfiante  e ligeiramente grisalho. 

Eu, na defensiva, me esquivava de sentar muito perto, falava amenidades para disfarçar o nervosismo de quem está sem sexo há muito tempo. Em poucos minutos ele sentou mais perto de mim, me elogiando, dizendo que queria muito que este encontro fosse especial principalmente para mim e de como queria que eu não fizesse ou me sentisse obrigada a fazer nada que não tivesse vontade. Enquanto me hipnotizava com um olhar intenso, repetia que eu poderia interrompê-lo se ele estivesse ultrapassando o limite que eu havia me imposto e foi   colocando o braço esquerdo na minha nuca, deslizando os dedos pelos meus cabelos e pescoço. 

Aquele contato estava tão bom, que fui deixando, enquanto ele falava coisas deliciosas de ouvir. Eu sorria meio idiota, meio hipnotizada, enquanto a outra mão acariciava meu rosto e foi descendo pelo meu colo e quando dei por mim, a mão quente já entrava na fenda do meu decote e enlaçava meu seio. Foi tão natural, tão deliciosa, aquela combinação de olhares, palavras sussurradas, música, vinho e carinho que nem cogitei afastar as mãos dele. 

Seus lábios chegaram também de mansinho e começaram a depositar mil beijinhos doces nos meus lábios. Não beijos ardentes, mas suaves, envolventes, puritanos, curtos, cujos toques elétricos se espalham pelo corpo todo. Ele repetindo que eu não precisava fazer nada, só demonstrar se estava gostando ou não. Que ele me provocaria sensações que nunca tive e nesta hora percebi que ele havia catalogado informações que passei de um casamento fracassado e infeliz, recém terminado e vi que ele tinha resolvido me recompensar. Nem sei quanto tempo durou este carinho incrível e delicioso. 

Mesmo quando ele me guiou em direção ao meu quarto, em hora alguma deixou de acariciar meu seio que tremia naquela mão que continuava acariciando, beliscando, apertando. Nem deixou de me dar beijinhos na boca, na testa , no pescoço, nos olhos. Me deitou suavemente na cama e me pediu um óleo perfumado. Pedi que ele buscasse no banheiro e logo, logo, ele estava de volta tirando minha roupa delicadamente e com paixão. Com o óleo perfumado nas mãos, começou a passar os dedos suavemente pelo meu corpo. O toque dos dedos era tão sutil, que provocava incríveis sensações na minha pele, como se ela estivesse adormecida e finalmente acordasse pegando fogo para um mundo de êxtase e eletricidade. 

Que língua maravilhosa ele tem... me faz gozar!

À medida que aqueles dedos percorriam todas as partes do meu corpo, um prazer indescritível me invadia, enquanto eu gemia, sorria, implorava, agradecia, pedia mais. Quando meu corpo inteiro estava desperto, ele tirou minha calcinha e separou minhas pernas, mergulhando o rosto no meio delas, explorando com a língua suavemente, meus pontos mais inexplorados, me mostrando sensações incríveis e desconhecidas. Ele não pretendia que eu gozasse, mas não consegui segurar por mais tempo. Estava com tanta fome e necessidade de sexo que apenas nesta hora pude avaliar como ele percebeu tão bem minhas carências e em vez de acelerar as coisas, me conduziu com carinho e generosidade, não permitindo que eu me preocupasse em retribuir. 

Assegurou-se de que aquele era o dia do meu prazer e que o prazer dele era me ver tão satisfeita, tão saciada e que seu dia podia esperar. Deitou ao meu lado, esperando que eu me refizesse e começou tudo de novo. Fiz a incrível descoberta de que mulheres precisam de mais homens sensíveis que coloquem o prazer delas em primeiro lugar, pelo menos algumas vezes e que malabarismos sexuais são ótimos, mas orgasmo bom mesmo é aquele que sentimos quando chegamos ao limite das sensações que nosso corpo pode atingir. 

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