terça-feira, 28 de julho de 2015

Visitando a cidade, fotografou, levou pro mato e comeu

(escrito por Kaplan)

O Brasil tem milhares de cidades, dos mais variados tamanhos. E a maioria é desconhecida da maior parte da população. São vilarejos do interior, mas que não atraem turistas porque não existe divulgação do que eles tem, em termos de natureza e de patrimônio cultural.

Gabriel, um colega da Meg na faculdade, ficou conhecendo um desses lugarejos e encantou-se com a beleza das casas, tipicamente coloniais ou do século XIX, com a natureza exuberante, muitas cachoeiras, muito verde, um local pacato mas magnífico.

- Meg, você precisa ir comigo lá. Eu passei por lá, vi muita coisa, e não tinha máquina fotográfica comigo. Vou voltar lá levando máquina e você podia ir também, dá para fazer fotos lindas, eu não consigo nem descrever a beleza do lugar!

Se havia alguma coisa que ninguém precisava falar duas vezes com ela era isso. Passar um dia num local que poucos conheciam, vendo casas, igrejas, cachoeiras... Gabriel falou com a pessoa certa. 

foto: Kaplan

E um belo dia lá foram eles. De carro, passando por estradinhas de terra, em meio a exuberante vegetação.

- Nossa, Gabriel, como você descobriu esse lugar?
- Nem sei! Um amigo meu me chamou para ir na fazenda dele e no meio do caminho eu avistei esse povoado. Não teve conversa, mandei ele parar e olhei tudo que podia. Mas dei azar de não estar com a máquina fotográfica.

Chegaram à cidade. Que paz! Que silêncio! De vez em quando passava um carro, mas havia mais charretes. Meg ficou encantada e saiu tirando fotos sem parar. Viu casas quase caindo aos pedaços, mas a maioria estava muito bem conservada. A igreja era linda, mas estava fechada, falaram que só abria de manhã e à noite para as missas. 


Havia uma antiga estação ferroviária, desativada e em ruínas. Ela pediu ao Gabriel para tirar uma foto dela nas ruínas. Claro que ela ficou nua... ainda bem que não apareceu ninguém...

- Vamos pelos trilhos, a gente vai chegar na cachoeira.

Foram caminhando, vendo tudo abandonado, pedaços de trilhos faltando, ela quis tirar fotos ali também. Ali não tinha problema, tirou a roupa para fazer as fotos. 


Gabriel ria sem parar. Meg era muito doida!

Depois de uns dez minutos de caminhada, ouviram o barulho da água caindo. 

E logo a cachoeira apareceu a eles, bem perto, linda, a água caía sem parar. 

Tiraram dezenas de fotos e depois, como ninguém é de ferro, foram nadar. 

Pelados, é claro. 

foto: Kaplan

foto: Kaplan

Gabriel olhava embevecido a alegria de Meg entrando na água, mergulhando, nadando, sorrindo para ele. 

Parecia uma criança que nunca tivesse visto uma natureza tão bela.

Mas nadar pelado ao lado de uma gata... impossível não se excitar... e ele só ficou vendo seu pau endurecer e a Meg também viu, sorriu... claro que ela já estava imaginando que iria rolar e estava doida para ele tomar a iniciativa. 

Chamou-o para sair da água, encostou a cabeça no peito dele e pegou no pau, que pulsava. 


Procuraram uma árvore para ela se apoiar e ele a comeu, em pé mesmo. Foi uma trepada tranquila, gostosa, ao som das águas, dos cantos dos pássaros...


Satisfeitos com tudo, com o local, com a cidade, com as fotos que fizeram, voltaram para o caos urbano. 

Ela me disse que queria ir comigo lá e na primeira oportunidade nós fomos. 

Confirmei tudo que ela havia me dito, inclusive como é bom transar na natureza!

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