A nossa colaboradora de hoje, Clair de Lune, como diz o nome, é apaixonada pelo luar. E é também dona de um corpo que deixa os homens malucos... ela nos conta sobre um segredo (segredo?) das mulheres... que também deixa os homens malucos!
Colaboração
de Clair de Lune
Ainda que a maioria negue, mulheres gostam de se
masturbar. Uma lembrança boa, uma cena picante, um olhar atrevido, tudo pode
ser combustível para que as nossas mãos passeiem pelo nosso corpo assim que
estamos sós.
No meu caso, se há insônia ou se o banho pode ser
mais demorado, fico logo inspirada, tiro a roupa, exploro lugares sensíveis do
meu corpo e balbucio palavras que gostaria que estivessem dizendo para mim.
Isto é garantia de excitação e gozo.
E minha fantasia recorrente se passa no
escurinho do cinema, onde meu parceiro exploraria o meio das minhas coxas, por
debaixo da minha saia e me faria gozar ali, em público, mas tão silenciosamente
quanto possível e, sem chamar atenção.
Que delícia ser acariciada, ouvindo
palavras atrevidas sussurradas no ouvido, tentando controlar a respiração que
vai ficando ofegante e depois explodir num gozo longo e libertador !... A minha
história tem a ver com isso.
Abro a porta do apartamento para sair e me deparo
com um homem abrindo a porta do apartamento vizinho ao meu para entrar.
Nossos
olhos se cruzam, balbucio um “bom dia! “ sentindo que os olhos dele passeiam
pelo meu corpo, enquanto espero em frente ao elevador.
Estranho a cena porque o
apartamento em questão estava desocupado até recentemente.
Concluo que ele é o
novo inquilino e pela análise rápida, bonito, másculo, meia idade, olhar
penetrante. Vou fazer compras e esqueço aquele momento perturbador.
Volto para casa e resolvo tomar um banho. Pela
janela semi aberta do banheiro, vejo que no apartamento vizinho , o novo
morador também está de chuveiro ligado. Tiro a roupa, abro um pouco mais a
janela para que ele perceba que estou ali a poucos metros de distância e me
envolve a sensação de que estamos tomando banho juntos. Vejo apenas parte dos cabelos
dele, mas ouço gemidos abafados e não tenho dúvidas de que ele está se
masturbando. Uma forte onda de calor me envolve e começo também a me acariciar.
As mãos ensaboadas deslizam pela minha pele arrepiada de súbito desejo.
Meus seios se
intumescem. Minhas pernas se abrem bambas. Meus dedos sabem o que fazer, como
tocar delicadamente no início, depois mais rápido à medida que desperto aquela
sensação maravilhosa que me invade.
Enquanto de olhos fechados fantasio estar
sendo acariciada pelo novo vizinho, percebo que meus gemidos aumentam de volume
e que o chuveiro dele foi desligado.
Na ponta dos pés chego o rosto no vão da
janela e lá está ele, apenas os olhos aparecendo, certamente hipnotizado pelo
som revelador do que está acontecendo do lado de cá. Sustento o olhar dele e de
repente estamos os dois arfando ao mesmo tempo, olho no olho. A cena é tão
sensual que fecho os olhos e gozo rapidamente.
Quando consigo respirar
normalmente, abro os olhos e ele não está mais lá. Termino o banho e ao passar
pela sala, um papel debaixo da porta chama minha atenção. Nele está escrito: - cinema
shopping, 16 horas, sala 1. A esta altura, mesmo que tivesse um compromisso
desmarcaria. Uma loucura tomou conta de mim e eu só conseguia pensar naquele
homem de quem eu nem sabia o nome e nas delícias que aquela tarde prometia.
Com 15 minutos de antecedência eu já estava
sentada na última fileira da esquerda da sala do cinema e esperava. Vestia uma
saia envelope, destas que as duas partes se sobrepõem abertas na frente, sem
fechamento. A abertura fica melhor quando a gente está sentada e deixaria
passar uma mão em esforço e sem levantar suspeitas. Eu nunca tinha conseguido
realizar esta fantasia e não ia perder esta oportunidade.
As luzes ainda estavam acesas quando ele entrou e
sentou um pouco distante de mim, na fila do meio. Fiquei sem saber o que
pensar, mas quando as luzes se apagaram ele se levantou e veio se sentar a meu
lado.
Não houve palavras, nem apresentação. Olhando diretamente para meu rosto,
ele ia agindo e procurando minha aprovação. Primeiro colocou a mão sobre a
minha perna cruzada e sentiu minha respiração começar a ficar ofegante. Aí, viu
que havia uma abertura e foi deslizando os dedos pernas acima e sorrindo quando
percebeu que eu estava sem calcinha. Nem eu acreditava em tamanho atrevimento
da minha parte, mas pelo menos uma vez na vida, queria ter a sensação de um
momento incrível que misturasse ousadia, malícia e despudoramento. A boca dele
perto do meu rosto sussurrava “te quero” te desejo”, enquanto a mão direita
explorava meu sexo úmido e ávido, com habilidade e conhecimento.
Que saia maravilhosa! Continuava tampando tudo e ao
mesmo tempo dava abertura pra carícias que me levavam ao céu sem despertar
suspeitas. Como o filme era de ação, e havia pouca gente no cinema pude
suspirar e gemer sem problema, abrindo o espaço para que ele enfiasse o dedo
até onde desse. Impossível não arfar, não gemer, não perder a noção de bom
senso, mas só consegui imaginar que estava realizando minha fantasia e que a
realidade era infinitamente melhor do que o sonho.
Gozei profunda e
demoradamente. Antes dele sair de perto de mim, sussurrou que me esperava às
oito no apartamento dele. Nem sei o nome do filme que estava passando. Só
consigo me lembrar da minha maravilhosa sensação de felicidade.
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