segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Amor lésbico, lirismo puro!

(escrito por Kaplan)


Outro dia, de minha varanda, noite de muito calor, percebi que havia alguém, no prédio ao lado, que parecia estar sem roupa...mais que depressa peguei meu binóculo e qual não foi minha surpresa ao verificar que a impressão estava correta....havia uma moça, que parecia alta, andando de um lado para o outro, entrava no corredor, voltava para a sala, e ela estava apenas com uma calcinha branca, com os seios totalmente à vontade.

Em dado momento apareceu um cara, só de bermuda, conversou algo com ela e nem se tocou pelo fato de ela estar com os seios à mostra, com a janela toda aberta e com as luzes acesas.

Fiquei ali observando-a por cerca de 40 minutos quando ela apagou a luz da sala e se retirou para o corredor, obviamente para ir para o quarto. Já passava das 23 horas, imaginei que ela teria ido dormir e fui também... Mas o corpo dela não me saia da cabeça..

Como eu disse, ela devia ter mais de um metro e 70, cabelos pretos compridos, seios de médio para grande, com mamilos bem escuros, aparentemente bem firmes ainda...a bunda, coberta por uma calcinha branca de algodão, não deu para fazer uma análise completa dela...hehehe.

Mas como tinha sido a primeira vez que eu a vira, acreditei que o hábito de andar quase nua dentro de casa talvez pudesse ser visto novamente... mas passaram-se uns dez dias sem que eu visse alguém naquele apartamento de novo.

Ontem à noite, vi que as luzes da sala estavam acesas. Pensei comigo mesmo:

- Será que é hoje que vou revê-la? Corri e peguei o binóculo.

Mas fiquei decepcionado...Ela estava vestida, de vermelho, e parecia estar conversando com alguém... seria aquele cara que eu tinha visto no outro dia? Não...não era ele...era uma outra garota, um pouco mais baixa do que ela, que usava um vestido preto, com um longo decote nas costas. As duas conversavam animadamente, ora sentadas, ora em pé, apoiadas na janela. Cálices nas mãos significava que elas tomavam vinho... e tomavam bastante, porque vi duas garrafas serem abertas.

Depois de muito beberem e conversarem, a de vermelho foi até a estante e colocou um CD. Creio que deviam ser músicas lentas e boas para dançar, pois ela, com o cálice de vinho na mão, fechou os olhos e começou uma dança lenta, mas extremamente sensual. Parecia que ela estava se insinuando para a moça de preto, mas....fiquei confuso com a cena...o que estaria acontecendo ali?

Eis que a outra garota, também com o cálice de vinho, aceitou o convite dela para dançar e as duas ficaram, de uma maneira muito sensual, dançando uma de frente para a outra, olhando-se nos olhos, sorrindo...a mais alta passou os braços em volta do pescoço da outra... os corpos ficaram muito próximos... e finalmente aconteceu um beijo....demorado, molhado, delicado... nada de erótico, mas de uma sensualidade a toda prova.

Ela colocou o cálice na mesa, pegou o cálice da colega, também o colocou lá, e as duas se abraçaram, suavemente, curtindo cada passo da dança, acariciando os cabelos uma da outra, indiferentes ao mundo.

Vendo tudo aquilo, eu me excitava profundamente, mas – curioso – não era a excitação de sexo, era a excitação de um poema sensual...o que eu estava presenciando não era algo malicioso, era um momento de pura poesia entre duas mulheres sensuais...

As roupas começaram a cair...primeiro os vestidos, depois os sutiãs, finalmente as calcinhas...as duas, nuas em pelo, se enroscavam, se tocavam, se beijavam... o que me chamava a atenção era que os toques e os beijos, as caricias, não tinham aquela quase violência que caracteriza a relação de um homem com uma mulher... eram toques superdelicados, que excitavam às duas, evidentemente, e também a mim, espectador privilegiado daquele momento de amor entre duas mulheres.

Não sei como terminou....em dado momento, as luzes se apagaram e não voltaram a se acender...fui dormir com a sensação iluminada de ter presenciado momentos de puro lirismo... será que verei mais isso???

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