quinta-feira, 19 de outubro de 2017

O escritor pediu para Meg datilografar o livro dele



Ela não resistiu ao texto...

(escrito por Kaplan)

Mais um candidato a “meu vizinho favorito”. Esse foi bem interessante. Aconteceu quando eu era síndico do edifício onde morávamos. Meg tinha 24 anos. Isso foi no inicio da década de 1980.  Quer dizer, fui eleito, mas como ficava o dia inteiro fora de casa, Meg é que cuidava de tudo, só me telefonando quando aparecia algum problema que ela não conseguia resolver.

Pois bem, vagou um apartamento no 3º andar. Durante um mês ninguém apareceu. Até que a imobiliária nos notificou que o senhor Jefferson alugara o referido apartamento por 6 meses. Estranhamos? Só 6 meses?

- Vai ver que ele está esperando o apartamento que comprou ficar pronto... aí fica aqui só até a obra lá acabar. Mas isso não nos interessa. Vamos conhecer as pessoas. 

Olha só as pernas da síndica... uau!
Descemos ao 3º andar no dia seguinte à mudança. Fomos recebidos pelo Jefferson. Demos as boas vindas, nos apresentamos como síndicos e entregamos a ele algumas folhas datilografadas com o Regimento Interno. Nos colocamos à disposição dele para o que precisasse.
Ele agradeceu, e nos contou a razão de ter alugado apenas por seis meses.

- Eu sou escritor, moro em Goiás e vim aqui para ficar apenas um tempo. Vocês devem ter observado que minha mudança foi pequena. Só trouxe o essencial: uma mesa, cadeira, cama, fogão e uma geladeira pequena, algumas panelas e louças. É porque o livro que estou escrevendo agora, a personagem principal veio passar uns meses aqui na capital de vocês. E como eu nunca tinha vindo aqui, para dar mais realismo ao que escrevo, resolvi passar seis meses aqui, observando os locais onde posso ambientar meu romance.

Meg achou interessantíssimo o que ele falava.

- Mas estou vendo que na sua mesa não tem máquina de escrever...
- Ah, não tem mesmo. Escrevo à mão.
- Inacreditável!
- O barulho das teclas tira minha atenção, escrevo a mão, depois pago a um datilógrafo para transcrever pra mim. Por falar nisso, estou vendo que esses papeis estão muito bem datilografados, em termos de espaçamento, não vejo nada que tenha sido necessário corrigir. Poderiam me indicar quem fez? Posso contratá-lo! 

Ela riu.

- Fui eu quem datilografou tudo isso. Não sou exímia, mas datilografo bem rápido.
- Ora essa... nunca pensei. Posso contratá-la, então?
- Bem, podemos conversar a respeito. Preciso saber de horários, preços...
- Você tem máquina em casa?
- Sim, tenho.
- Então, o horário é você que irá estabelecer. O que eu pago lá em Goiás é 10 cruzeiros a lauda. É o preço daqui?
- Não faço ideia, nunca peguei um trabalho assim.
- Acha bom? Pouco?
- Por mim está bem.
- Ótimo. Eu devo começar a escrever assim que tiver me instalado melhor aqui. E vou lhe passando as folhas, você datilografa e me repassa. Qual é o apartamento de vocês?
- É o 802.
- Perfeito, estamos combinados então.

Saímos de lá bem impressionados. Brinquei com ela, que finalmente tinha arrumado um emprego.

- Que emprego, querido? Vai ser um trabalhinho rápido, mas acho que vai ser legal, afinal serei a primeira leitora do novo livro do Jefferson! 

Ó... é você? achei que era meu marido!
Cinco dias depois ele apareceu lá. Eu já tinha saído para o trabalho, Meg estava acabando de arrumar a cozinha do café, vestida daquele jeito que vocês podem imaginar... ainda de camisola, super transparente. E achando que era eu que batia a campainha... abriu a porta e se deparou com o Jefferson com algumas folhas de papel na mão.

- Oh! Desculpe, achei que era meu marido! Espera, vou abrir a porta da sala.

Enquanto se dirigia à sala, pensava se devia colocar um robe...”ah, que bobagem, ele já viu mesmo!” pensou e abriu a porta da sala e ele entrou. Tremia de emoção pela visão que estava tendo, quase as folhas despencaram no chão.

Ela o convidou a sentar no sofá, sentou ao lado dele e aguardou as instruções, que ele custou a conseguir falar.

- Bem, aqui tenho 100 folhas limpas e umas 20 que já escrevi. Minha letra não é muito ruim, acho que não deverá ter trabalho. Mas se houver alguma palavra que não entenda, deixe o espaço para colocar depois que me perguntar. Como eu disse, o horário de trabalho você é quem faz. Quando terminar, me chame que venho buscar.
- Vou ver se termino bem rápido. Quer um café? 

A xícara está tão alta...a camisola até sobe...
Claro que ele quis, foram para a cozinha e ele ficou sentado vendo aquele espetáculo de uma jovem esposa de camisola transparente pegando pires e xícara, a garrafa térmica e uma vasilha com biscoitos. 

E o papo rolou solto, ele contou muita coisa da vida dele, ela contou de nossa vida, mas sem os detalhes sórdidos... e depois ele se despediu.

Curiosa como ela só, já quis começar a datilografar naquela hora mesma. O que será que ele escrevia?
Achou interessante que ainda não tinha colocado título. Deixou um espaço e começou a datilografar. Era uma história interessante e que, em alguns momentos, tornava-se picante. E lendo e datilografando, ela começou a suar frio... que textos mais sensuais eram aqueles!
Um exemplo, que ela me mostrou assim que cheguei em casa:

Ele pegou a bandeja com a garrafa e dois copos, encheu-os, e ambos beberam, sentados na cama. A mão dela procurou o pênis dele e começou a acariciá-lo. A cueca foi retirada e ela se encarregou do sexo oral, deixando-o extasiado.
Deitou-a na cama, deitou-se ao lado e beijou-a, beijou os seios. Sua mão procurou os cabelos que protegiam a vagina, encontrou-os já úmidos. Seus dedos percorreram toda a extensão e um deles penetrou, fazendo-a gemer. Sua boca substituiu os dedos, ela se contorcia toda com o que ele fazia. Ajoelhado entre suas pernas, ele levantou suas nádegas e continuou a usar a língua, provocando um frisson em Marina, cujo corpo se tornou pesado e caiu na cama. Ela suava, olhava para Rogério com uma expressão que ele nunca vira antes.
Levantou suas pernas, apoiando-as em seus ombros e levou seu pênis até a vagina, penetrando-a com suavidade e firmeza, e arrancando novos gemidos de prazer. Um movimento ritmado de vai e vem após alguns minutos levou-os ao gozo.

- E olha este outro aqui:

Puxou-a para perto de si. Estava sentado na lateral da cama, abriu as pernas e colocou-a ali. Suas mãos percorreram o corpo de Marina, iniciando pelas pernas, passando pela bunda, que foi devidamente apertada, subindo pela cintura e chegando aos seios. Beijou-lhe o ventre e tirou-lhe a calcinha. Virou-a e mordeu as nádegas, mas com suavidade. Levantou-se, carregando-a em seus braços, beijando os seios, a boca. Colocou-a na cama e tirou sua roupa, deitando-se sobre ela. 
Beijou os seios de Marina e foi descendo com sua boca pelo corpo dela, atingiu o ventre, enfiou a língua no umbigo, arrancando-lhe risos nervosos. Ameaçou beijar o tufo de cabelos, mas levou a boca até a coxa esquerda. Mais que beijar, ele lambeu toda a coxa, chegando à vagina, então passou para a coxa direita e repetiu as lambidas e beijos e sentindo a ânsia de Marina, mergulhou sua língua dentro dela. Dois dedos se juntaram à língua, arrancando novos suspiros e gemidos.
- Vem, querido, vem... não aguento esperar mais!

Perguntei, sorrindo:

- Esta última frase se aplica a você agora?
- Claro... estava louca pra você chegar... estou excitadíssima!

Fomos para a cama e transamos muito, ela estava com o rosto afogueado, os cabelos soltos, sua xotinha pulsava... foi uma das grandes trepadas que demos.
E quando terminamos, perguntei aquilo que já me parecia óbvio.

- Ele será a próxima vítima, não é?
- Acho que sim...

Passaram-se alguns dias sem maiores novidades. Ela continuava cada vez mais arrepiada com o que datilografava. O livro era bem “hot”.
E uns dez dias após a entrega das primeiras folhas, ele voltou com mais algumas. Ela estava de camiseta e shortinho e quando olhou pelo olho mágico e viu que era ele, arrancou depressa tudo e foi abrindo a porta, falando como se dirigisse a mim:

- Poxa, querido, você esqueceu alguma coisa?

Aí, vendo o Jefferson, ela colocou as mãos sobre os seios.

- Jefferson, me desculpe, achei que meu marido tinha voltado porque esquecera alguma coisa... entre, por favor, me desculpe...

Ele entrou, com os olhos bem abertos, e viu-a totalmente nua.
E ela sorrindo pra ele...
E ele com os papeis na mão... tremendo de emoção.

- Trouxe mais material pra datilografar? Eu estou praticamente terminando o que você já trouxe. Vem cá pra você ver.   

É aqui que eu trabalho pra você!
Levou-o ao quarto onde estava a máquina e mostrou a ele, comentou que deixara espaço para o título, ele disse que seria a última coisa a pensar.

- O que você está achando do que leu, Meg?
- Maravilhoso! Você escreve muito bem, descreve as situações nos detalhes, estou adorando. Tomei a liberdade de mostrar alguns trechos pro Kaplan, ele gostou muito também... e até nos animamos a tentar fazer o que você colocou no livro...
- Hummm... que bom...
- Jefferson... uma pessoa que escreve tão “quente”, deve ser bem quente também, não é?

Ele, que já estava entendendo a razão da nudez dela teve a certeza...

- Não posso falar nada, você teria de experimentar...
- É exatamente o que eu penso... está com tempo?
- Pra você eu tenho todo o tempo do mundo!

Voaram para o outro quarto, deitaram-se na cama, já tirando as roupas e ela pôde comprovar que o que ele escrevia, ele também fazia... e muito bem!

Daquele dia em diante, enquanto durou a escrita do romance e a datilografia... eles fizeram de tudo que ele escrevia. E muitas coisas que ela lhe ensinou também tornaram-se páginas ardentes do romance.

Ele prometeu que ambientaria mais livros em nossa cidade.Ela adorou a notícia. E aguardou a volta dele, mas não aconteceu...

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