sexta-feira, 28 de setembro de 2018

O dormitório das internas

Faltam menos de 5.000 acessos para chegarmos ao 1.700.000!!! Tá chegando!!!

Denise conta sua experiência
(escrito por Kaplan)

Estávamos reunidos na sala, à luz de velas, porque um forte temporal provocara a queda de energia e não sabíamos quanto tempo ficaríamos sem luz elétrica.
Até que acontecimentos assim se tornam importantes, porque levam a conversas. E minhas sobrinhas tinham curiosidade sobre um lance do passado de Denise, que era o tempo em que ela viveu num internato feminino.

Hoje em dia nem sei se existem mais essas instituições. É provável que não, os tempos mudaram muito. Mas os internatos eram locais procurados por muitas famílias, especialmente aquelas de muitas filhas, porque os pais não tinham condições de mantê-las, ou então porque gostariam que elas seguissem a carreira religiosa, tornando-se irmãs de caridade. Era muito comum essa situação.

Pois bem, Denise ficou dois anos num desses internatos, no interior.
E foi lá que ela descobriu a sexualidade, evidentemente de caráter homossexual. E ela nos contou detalhes de como isso acontecia.

Na verdade, havia uma contradição muito grande, hoje eu percebo isso, na época não dava para notar. A moralidade presente, as proibições, a vigilância que as irmãs faziam sobre nós deviam ser para impedir relacionamentos sexuais, mas acabavam incentivando.
Pensem bem, garotas como eu, com 18 anos e outras um pouco mais velhas, com os hormônios supitando... e só tendo outras garotas ao seu lado.
As aulas com dois professores eram um alivio para nossos olhos. E nem tão bonitos e jovens eles eram! Mas eram homens, tinham pintos, algo que nós gostaríamos muito de ver, de sentir.

E só víamos por meio de uma ou duas garotas, mais experientes, que sempre voltavam das férias trazendo umas revistinhas que vinham da Europa, com cenas de sexo explícito. Fotos de pintos enormes entrando e saindo das xotinhas, gozando nos seios, no rosto... tudo aquilo era novidade para nós e as revistinhas eram olhadas com tremenda curiosidade, à noite, depois que terminava a vigilância das irmãs.

Uma vela, uma lanterna, sempre apareciam para iluminar fracamente o dormitório e a gente se reunia em grupos para examinar aquilo. Claro que acabávamos nos tocando e daí para uma tocar a outra e ir pra cama com ela e fazer mil coisas... era muito fácil. 

Eu caí nas graças de uma veterana, logo que entrei. Ela já veio ficar ao meu lado e começou a me dar toques de como as coisas ali funcionavam.

- Nas horas de aulas, a gente se comunica com bilhetes, que são passados sem que as professoras vejam. É gente combinando dormir uma com a outra naquela noite. Ou dar uma fugidinha para um local secreto onde acontecem beijos e toques. Se alguém te mandar um bilhete, devolva, dizendo que já tem compromisso comigo. 

Na hora do banho... olhares cúpidos...
Na hora do banho você será olhada, porque tomamos banho em grupos de 10, uma ao lado da outra e uma irmã nos vigiando. Ali não é possível fazer nada, só apreciar os corpos... 

E à noite, a vigilância termina às 22 horas, quando a irmã passa e verifica que todo mundo está dormindo. Não se assuste ao ver umas correndo pra cama das outras... é normal, e é o que vou fazer com você... virei pra sua cama e a gente vai fazer coisas bem legais. Se não souber, eu te ensino.

Foi isso que ela me falou. Claro que fiquei arrepiada da cabeça aos pés, não tinha a menor ideia do que iria acontecer. Mas foi tudo como ela falou.
Na hora do banho, como eu era a novata, todas que estavam lá me olharam e comentaram... e de noite, ela veio pra minha cama. 

Quando ela colocou a língua lá eu quase desfaleci...
Eu realmente não sabia o que ia acontecer, e ela, pelo menos, foi compreensiva e foi me ensinando como beijar uma garota, como acariciá-la e principalmente o que fazer lá embaixo. Eu quase arruinei tudo porque quando ela colocou a língua em minha xotinha, eu tive uma sensação tão louca que gemi muito alto. O que poderia ter sido ouvido fora do dormitório. Na mesma hora ela colocou a mão em minha boca, falando que tinha de ser em silêncio total.

E ela me ensinou e depois pediu que eu fizesse com ela. Foi um desastre, eu acho, mas ela me disse que no inicio era assim mesmo, e depois melhorava... algumas semanas depois ela me disse que eu já estava expert no assunto...

E foi assim que fiquei namorando com ela durante aquele ano. Depois ela se formou e saiu, e aí foi minha vez de arrumar uma novata para namorar. Era tudo tão natural, tão comum, que nenhuma reclamava ou achava estranho. No final das contas, todas tinham namoradas mais ou menos fixas por lá. E no final daquele segundo ano, eu me formei e saí. Acredito que minha namorada daquele ano deve ter arrumado uma novata para ensinar a ela tudo que aprendera comigo.

As meninas ficaram abismadas com o relato da Denise. E choveram perguntas, eu me lembro de algumas:

- E aquela sua primeira namorada? Vocês se encontraram depois que você saiu?
- Não, nunca mais a vi.
- Teve vontade de vê-la?
- Sinceramente...não, se tivesse teria procurado por ela. Mas logo arrumei um namorado, um perfeito idiota que logo que viu que eu não era mais virgem, me largou. Aí fui arrumar emprego, achei um colégio legal, estou lá até hoje. Meu lado hetero aflorou, conheci o Kaplan, e o resto vocês sabem. 

Aplico agora tudo que aprendi no internato...
Agora ando de rolo com a Isabella... ela é uma delícia de pessoa, a gente se ama de verdade, e isso não quer dizer que vou abandonar meu lado hetero, estou assumindo meu lado bi.

- Você disse que perdeu a virgindade... foi antes do internato ou lá?
- Foi lá... perdi a virgindade com dois dedos... muito eficientes, por sinal.

- E teve notícias da sua segunda namorada?
- Também não. Sabem, o internato recebia garotas de várias cidades, até de outros estados. Por isso, quando a gente terminava o curso de segundo grau, saía e quase todas dispersavam. Esta minha segunda era da Bahia, deve ter voltado pra casa.

Elas agradeceram à Denise a oportunidade de ficar sabendo de uma realidade que era totalmente desconhecida. Espero que vocês, leitoras e leitores, também tenham uma experiência desse tipo e se quiserem contar, estamos às ordens para publicar.
                                

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