terça-feira, 28 de outubro de 2014

Loucas aventuras em Paris, a capital do amor

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(escrito por Kaplan)

Paris sempre foi um dos nossos destinos exteriores preferidos. E de quem não é? A cidade respira amor, sensualidade, sexo, em cada esquina, em cada museu, em cada bairro. Não é a toa que grandes amores começaram e também terminaram na capital francesa.

Meg e eu estivemos lá seis ou sete vezes. Conhecemos pessoas pelas quais nos apaixonamos e que também se apaixonaram por nós. Alguns chegaram a vir ao Brasil e tivemos o maior prazer – literalmente – em recebê-los, assim como eles nos recebiam por lá. 

O mais bacana é a gente caminhar pelas ruas, em territórios onde geralmente os turistas não vão. E é ali que vemos a alma da cidade, a sensualidade transbordando. Perto da Torre Eiffel há um jardim magnífico. Passeando por lá, Meg pensou numa foto e voltamos no outro dia, com o vestido que ela queria. Apesar de ter muita gente, ela fez uma pose sensualíssima, teve turista que aproveitou e fotografou também. Fazer o que?

Numa dessas vielas, vimos, uma noite, uma prostituta linda, praticamente nua, mal coberta por uma veste de rede. Ela tinha os lábios vermelhos, seus cabelos eram ruivos e ela andava apenas com uma rosa nas mãos. Meg ficou enlouquecida quando a viu e me falou que no dia seguinte iríamos comprar uma “roupa” daquela que ela queria que eu a fotografasse em poses sensuais.

Tivemos que apelar para o dono do hotel em que estávamos, um brasileiro casado com um francês, eram sócios no empreendimento. Ele foi muito gentil, nos deu o endereço de onde poderíamos comprar a tal roupa e ofereceu o quarto andar do hotel, que estava vazio. Poderíamos fazer as fotos lá. Tudo caminhava às mil maravilhas.

Conseguimos comprar o tal “vestido de rede”, Meg experimentou e ficou ótimo, atraiu até a atenção da vendedora. Ah! As parisienses! Adoráveis! Na ida para o hotel, compramos algumas rosas. Lá chegando, Meg fez o que geralmente não fazia: uma maquiagem forte, os lábios num tom vermelhão, cílios pintados, estava bem parecido com a garota que tínhamos visto.

E aí fomos para o quarto andar, o nosso amigo dono do hotel, eu e ela, subindo as escadas do segundo andar até lá. E acabou que uma senhora nos viu, olhou espantada a principio e depois sorriu. Ficamos no quarto andar, realmente vazio e comecei a fazer as fotos. 



Eis que de repente entram no corredor o nosso patrício acompanhado daquela senhora que nos tinha visto. Ele nos explicou que ela quis saber do que se tratava e quando soube que eu era fotógrafo, ofereceu uma belíssima casa de um amigo e que poderíamos usar também para fotografar. 

Aceitamos e depois que terminamos a sessão de fotos ali, nos sentamos com ela para saber dos detalhes. 

Ela sugeriu que alugássemos roupas antigas, porque a casa era toda mobiliada com moveis antigos. Perto da Torre havia quem poderia quebrar nosso galho e conseguimos um vestido “de nobreza” para a Meg usar no dia seguinte. Além disso, um espartilho, um culotte e um corpete, chapéus... os trajes eram lindos de morrer. 


Começamos a fotografar na sala, realmente um desbunde de sala, depois que a senhora providenciou um arranjo no cabelo da Meg, ficou muito bonito. Ali na sala ela usou o vestido, transparente, sensual e é claro que ela foi tirando o vestido na medida em que eu batia as fotos, até desnudar-se completamente.

Passamos para o quarto, onde ela se desfez do vestido e usou, primeiro, o cullote com o corpete. A senhora autorizou que ela ficasse na cama do casal, daquelas camas antigas, pesadas, de madeira maciça, toda trabalhada... um luxo só! 



E as fotos foram sendo batidas e ela se desmanchava em poses, cada qual mais sensual do que a outra. Eu já estava ficando excitado, ficava imaginando quando nossos amigos vissem aquelas fotos como ficariam ensandecidos!

Ali no quarto mesmo ela tirou o cullote e o corpete e usou o espartilho, que a senhora ajudou a vestir. Que coisa complicada era aquilo! Como as mulheres podiam gostar de usar uma peça daquelas?

Depois que elas conseguiram colocá-lo, bati mais um punhado de fotos. 



Meg já estava cansada, eu tinha batido 5 filmes de 36 poses cada um, o que dava quase 200 fotos. Eu também estava cansado. Ela tirou as roupas que havíamos alugado, e desceu nua pelas escadas até o segundo andar, onde estávamos hospedados. A senhora foi conosco, rindo muito da espontaneidade da Meg.

Agradecemos muito a gentileza dela. Há pessoas que dizem ser os franceses um povo mal-educado. Nunca conheci um ou uma que fosse. Pelo contrário, todos que conhecemos e também aqueles a quem perguntávamos algo nas ruas, sempre foram extremamente gentis. A gentileza dessa senhora foi algo espantoso. E nós agradecemos e até compramos um presente para ela, que entregamos no dia em que íamos embora. Ela ficou emocionada e pediu para mandarmos algumas fotos que ela queria guardar de lembrança. Mandei todas, ela ficou muito feliz!

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