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(escrito por
Kaplan)
A comemoração dos 70 anos do lançamento da bomba atômica, prelúdio do fim
da Segunda Guerra Mundial, me fez lembrar de um episódio pouco conhecido,
aliás, melhor dizendo, nada conhecido, e que me foi contado por uma das
sobreviventes, que, ao final do conflito, mudou-se para o Brasil e por
coincidência veio morar próximo à nossa primeira casa.
Uma tarde, estávamos Meg e eu conversando com ela, uma senhora já de
seus quase 80 anos, mas com uma memória fantástica. E ela nos contou como
participara ativamente da Resistência, ao contrário de muitas francesas que se
encantaram com os nazistas. O nome dela, que não sei se era verdadeiro, mas era
o nome pelo qual todos a conheciam no bairro, era Christine.
Claro que não vou narrar aqui os aspectos políticos e militares com que
ela nos brindou. Mas ela nos encantou com uma história de amor, dentro da
guerra, entre ela e uma outra resistente, a Marcelle.
Elas trabalhavam juntas, ajudando a decifrar as mensagens em código dos
alemães e as informações que elas passaram para o comando aliado foram
fundamentais no dia 6 de junho, o famoso Dia D, quando os aliados desembarcaram
na França e começaram a empurrar os alemães de volta para seu país.
Vitoriosos os aliados, naquele dia as duas estavam exaustas por tudo o
que haviam passado juntas. E, sentadas em toscas cadeiras, junto a uma tosca mesa
onde havia mapas e uma velha máquina de escrever, elas comentavam a respeito de
sua participação anônima.
E foi ali que tudo aconteceu. O cansaço de Christine foi notado por
Marcelle, que se levantou e foi fazer uma massagem nos ombros da amiga.
- Ai, Marcelle, que gostoso!
- Tire a blusa para eu fazer uma massagem direito...
Ela tirou, ficando de sutiã, claro, e logo as firmes mãos de Marcelle
massagearam seus ombros e desceram, e entraram dentro do sutiã e seguraram nos
biquinhos e os puxaram. Christine nunca havia sentido o que sentiu naquele
momento e incontinenti, também tirou a blusa da Marcelle e beijou seu ventre.
E em cima daquela mesa, Christine se deitou e Marcelle debruçou-se sobre
ela, beijando-a na boca, na barriga, tirou o sutiã dela e beijou-lhe os seios.
Enlouquecida, Christine, que nunca pensara numa relação com outra mulher,
descobriu como e o que tinha de fazer. Levantou-se, tirou a calça comprida da
amiga, colocou-a de quatro em cima da mesa e suas mãos e boca se encarregaram de
deixar a amiga no maior tesão. Sua língua percorreu a xotinha da amiga, seus
dedos enfiaram-se lá dentro, e tanto ela fez que sentiu o gozo da Marcelle
chegar.
Nem ela entendia o que havia feito, nem como sabia que podia dar tanto
prazer a uma mulher. Marcelle agradeceu sentando na mesa e enchendo-a de
beijos. E em seguida tirou a calça da Christine e a calcinha, e também caiu de
língua na xotinha dela.
Para Christine era um mundo novo que se descortinava. Não sabia direito
como conseguira, mas fizera a amiga gozar e agora quem estava se derretendo era
ela, ao contato com a língua e os dedos da Marcelle, que parecia bem experiente
no assunto. Não conseguia parar quieta em cima da mesa, seu corpo todo tremia e
ela também teve seu orgasmo.
Abraçaram-se, comovidas, sem palavras. Mas não terminou por ali. Logo as
duas estavam deitadas na mesa, Marcelle embaixo e Christine em cima, fazendo um
69 que levou as duas ao delírio, com muitos gemidos e suspiros.
Terminou de narrar. Meg e eu estávamos encantados com o que ouvimos.
- E por que Marcelle não veio com você para o Brasil?
- Poucos dias depois do que aconteceu, dessa incrível história de amor
que surgiu do nada, ela foi pega pelos nazistas e fuzilada. Eu consegui escapar
e fugi para uma cidade já libertada, de onde tomei a decisão de não ficar mais
na Europa. Então me mudei para cá, sufoquei este meu lado sexual, nunca mais
tive qualquer contato físico com outra mulher. Nem com homem. Fiquei sozinha
esses anos todos, só guardando na memória aquele dia.
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