A gente gostava muito um do outro!
(escrito
por Kaplan)
Na vida
a gente conhece muitas pessoas, algumas ficam, outras somem. Algumas a gente
gosta, outras a gente desgosta. Acho que isso acontece com todo mundo.
Pois
bem, vou contar a vocês uma história que talvez fique longa, mas vale a pena.
Depois
que fiquei viúvo, evitava ficar muito tempo no apartamento, pelas lembranças
que me trazia. Gostava muito de ir pro sítio da minha cunhada, que nunca me
negou a chave para entrar lá.
E ela
tinha uma empregada, que atendia basicamente nos fins de semana, feriados e
férias, que é quando a casa ficava cheia. E a empregada tinha uma filha,
Ingrid. Quando eu a vi a primeira vez, ela já tinha 19 anos e me contou que
aproveitava os dias de semana quando não tinha ninguém lá para se distrair.
Além de fazer a limpeza, poupando sua mãe, ela aproveitava para nadar, ver
televisão e até comer alguma coisinha que tivesse sobrado e uma ou outra
cervejinha também.
Eu a
peguei, a primeira vez, quando apareci num dia em que não deveria ter ninguém
lá. E ela estava nadando, nua, pois ninguém iria ver, assim ela imaginava.
Mas eu
vi.
E ela
viu que eu vi, ficou apavorada achando que eu iria dedurá-la. Mas isso não
aconteceu. Ficamos conversando um tempão, falei que iria ficar uns dias ali,
ela me disse que voltaria pra fazer almoço, essas coisas. Agradeci.
Então
minha convivência com ela só foi aumentando, e nos tornamos íntimos, contando
coisas que geralmente não se conta para ninguém.
Um dia,
estávamos no maior papo, a Paulinha chegou. Soubera que eu estava lá e foi me
visitar.
Quando
viu a Ingrid, toda bonita, sorridente, Paulinha chamou-a a um canto e perguntou
se ela toparia tirar fotos. As duas, nuas, o tio iria tirar.
Ingrid
ficou assustada, nunca ninguém tirara fotos dela, ainda mais sem roupa. Mas
Paulinha a convenceu e aí fui
fotografá-las.
Muitas
fotos, de dia e de noite, na piscina.
E não
deu outra. Dormimos os três juntos, na mesma cama e eu tive o prazer de comer
as duas.
Dai em
diante, sempre que possível, eu ia, a Paulinha ia também e fazíamos boas
farras.
Teve
uma noite em que a gente via TV e estava passando um documentário sobre João
Pessoa, a capital da Paraíba.
Paulinha
lembrou de nossas idas lá, contou pra Ingrid que ficou alucinada.
- Você
está me dizendo que fica todo mundo pelado? Homens, mulheres... todo mundo?
- Sim,
conta pra ela tio.
Confirmei
e fiquei de levar fotos que a gente havia tirado por lá.
Ela só
acreditou porque viu as fotos, algumas delas foram essas aqui:
 |
Paulinha em tambaba |
 |
Eu com uma amiga |
 |
Turma jogando volei |
- Não
acredito... esses pintões todos soltos? E as pererecas também?
- Lá
você vê pintos, pintinhos e pintões. Tem pra todos os gostos.
- E a
gente pode pegar e fazer coisas?
- De
jeito nenhum!
- Não
tem nada perfeito no mundo... mas eu quero ir lá. Vocês me levam?
-
Podemos até levar, mas...
- Já
sei, mãe tem de aprovar.
- Acha
que ela concordaria?
-
Duvido.
Paulinha
teve uma ideia.
- E se
eu falar com ela que iremos para uma
praia, só não direi qual.
- Faria
isso por mim?
-
Claro...
- Seu
Kaplan, você fica dormindo no sofá hoje, eu quero ficar a sós com essa linda!
Só
fiquei na imaginação... o que elas estariam aprontando.
Bem,
passou um certo tempo antes de podermos ir a Tambaba.
Como
Paulinha pensara, ela pedindo à mãe da Ingrid para nós a levarmos para ela
conhecer uma praia, pois nunca estivera numa, a principio a mãe achou que não
era bom isso, afinal a filha era filha de uma empregada. Paulinha a convenceu
do contrário.
Ingrid
não cabia em si de alegria.
Tudo
era novidade, andar de avião, chegar a João Pessoa,ver o mar pela primeira vez.
E no dia seguinte fomos para a cabana de praia que eu tinha alugado.
Ela
ficou surpresa quando chegamos e viu que todos estavam vestidos, ou seja,
biquinis e sungas. Expliquei a ela que na verdade tinha duas praias. Naquela
era proibido ficar pelado, mas depois de subir uma pequena rampa, entrava-se no
setor naturista. Ali era proibido usar roupas. Todo mundo pelado.
Entramos
na cabana, nos ajeitamos, tiramos as roupas e fomos curtir a praia. Ela ficou
deslumbrado com uma meia dúzia de casais
que passeavam pela areia, adorou ver os pintos balançando...
Ficamos
conhecendo um casal que sentou perto da gente na barraca. Mas não era casal,
eram irmãos. Mulatos como Ingrid.
Vi que
ela ficou doida pra transar com o cara. Então, sem que outras pessoas
percebessem, dei a ela a chave da cabana e falei que ela poderia levar ele lá,
mas sem muita demonstração.
Ela
conseguiu cantar o cara, foram e depois de uns 40 minutos estavam de volta, ela
com a cara mais alegre do mundo.
Bem, a
tarde chegou, os visitantes se foram e sobraram apenas os que haviam alugado as
cabanas na praia.
Que
delícia, andar nus na praia... ela amou. Paulinha já estava acostumada, assim
como eu.
Ela
deitou na areia, iluminada pela lua. Demos sorte, noite de lua cheia é um
espetáculo e tanto.
Gostou
demais de lá. Mas não pegou mais ninguém nos outros dias. Teve de se contentar
comigo e com a Paulinha... que farra... transamos dentro do mar, à noite não
tem vigilância.
Tomamos
muito sol, andamos, bebemos muitas cervejas.
Ela
quase chorou quando o período de férias acabou e tivemos de voltar.
Teve de
deixar as fotos que tirei dela comigo, a mãe não poderia nem pensar em ver...
Guardo
até hoje! Olhem só se não vale a pena!
Ela
sozinha e ela com Paulinha.
Pediu,
encarecidamente que, quando voltássemos lá, a convidassem.
Mas não
teve ocasião.
Uma
pena, porque ela era uma pessoa adorável.
Tivemos
de nos contentar com as trepadas no sitio. Sempre muito boas também!
Até o
dia em que ela arrumou um namorado... e aí casou... acabou tudo!