segunda-feira, 29 de março de 2010

13 de abril



Este não é um conto erótico como os muitos que aparecem nos sites, e nos livros. A data que dá título ao conto é verdadeira, como tudo o que será narrado. É uma data que jamais sairá de minha memória, pois nesse dia vivi uma das mais fascinantes experiências de minha vida de fotógrafo.
Pelas minhas lentes e por meu stúdio já passaram muitas pessoas. E, muitas vezes, o desejo surgido em sessões de fotos acabou entre lençois, no contato de corpos ardentes de tesão. Mas o que aconteceu no dia 13 de abril de 2000 superou tudo que já me ocorrera e duvido que venha a vivenciar algo semelhante no futuro.

Tudo começou quando convidei uma amiga minha, que desejava fazer algumas fotos de nu artístico. Ela se mostrou acessível, pois, afinal, era um desejo dela, expresso em outra ocasião. Ela é provavelmente uma das pessoas mais lindas, de rosto e de corpo, que eu já vi. E olha que eu já vi muitas modelos em meu trabalho...
Dei as dicas de roupas e apetrechos para as fotos e, no dia 13, dirigimo-nos, à tarde, a um motel para fazermos as fotos. Devo confessar que outras idéias me passavam pela cabeça, também, apesar de ela não ter percebido e, como me confessou mais tarde, se imaginasse que algo pudesse acontecer, não teria ido.

Quando ela se despiu, fiquei completamente arrepiado: nunca tinha visto um corpo como aquele, perfeito em todos os detalhes! Dois seios maravilhosos, de tamanho médio, um verdadeiro desafio à lei da gravidade! Suas nádegas e coxas eram soberbas. Nenhuma Tiazinha, nenhuma Feiticeira podiam ostentar tanta beleza. Nada de celulite. A perfeição em um corpo de mulher: era o que eu tinha para fotografar. Minha tarefa seria difícil, com certeza!

Completamente desinibida, ela começou a se preparar para a sessão de fotos, enquanto eu mal disfarçava o tesão de que estava possuído. Fizemos um filme inteiro. Em pé, deitada na cama, abraçada às almofadas, na parede, na cama de novo.

Tive a idéia de colocar uma pedra de gelo entre os seios, para fotografar a água escorrendo. Ela gostou da idéia, mas ao final reclamou, com uma vozinha sensual:

- Você me molhou toda!
- Não seja por isso, eu enxugo...
Dito isto, aproximei-me de seu corpo e beijei, sugando suavemente a água que escorria. Não me contive e suguei também os seios, mordiscando-os bem de leve...

Ela se levantou, arfante e disse:
- Você é doido! Estou completamente seduzida... Vamos continuar as fotos!
Tive de concordar, é claro. Eram as últimas chapas a serem batidas e pensei comigo mesmo: Você deu um fora, cara! Agora acabaram-se as chances... Enchi a banheira de hidromassagem para fazer as últimas fotos. Ela entrou, derramei aquele produto para fazer bastante espuma e liguei a hidro. E fui fotografando, enquanto ela se deliciava na banheira. Pediu que eu ligasse a televisão no canal 3 para "dar uma animada". E assim foi, até que o filme acabou. Sentei-me na beirada da banheira e fiquei aguardando, vendo o filme pornô na televisão.

Ela disse:
- Você não quer aproveitar essa água deliciosa?
Foi a deixa que eu mais esperei em toda a minha vida. Incontinenti tirei a roupa, enquanto ela dizia:
- Mas você tem de prometer que vai ficar bem comportado...
- Isso é algo que não posso prometer...
- Então não quero!
Mas eu já estava entrando e sussurrei ao seu ouvido:
- E carinho, eu posso fazer?

E antes que ela respondesse, comecei a massagear suas costas, provocando-lhe arrepios. Ela virou-se para mim e perguntou se eu tinha vontade de que algo acontecesse entre nós. Respondi que era tudo o que eu queria.
- Mas fique claro que é apenas hoje. Isso nunca mais vai acontecer. Você aceita assim?
Claro que aceitei, pois a vontade de tê-la, ali, era muito grande para eu recusar. Ela então foi para a cama e eu a acompanhei. Lá chegando, continuei a massageá-la, usando um óleo que ela havia levado.

Aí aconteceu a coisa mais fascinante: ela começou a se masturbar. Olhos fechados, colocava seus dedos naquela gruta perfumadissima e assim ficou até estremecer em um gozo profundo. Minha vontade era penetrá-la, mas confesso que fiquei extasiado com aquela cena. Senti um clima de sacralidade naquele momento e percebi que se tentasse penetrá-la, quebraria a magia daquele momento. Seria uma profanação de um ritual de uma deusa. Contentei-me, portanto, em ver todos os seus mínimos gestos até o gozo. Ela chegou a estremecer quando atingiu o orgasmo.

Na volta, agradeci à minha amiga o privilégio de ter podido participar daquele verdadeiro ritual. E realmente me considero uma pessoa privilegiada por isso.
É por essa razão que resolvi escrever. Creio que a experiência foi muito rica e senti vontade de partilhá-la com outras pessoas, preservando, evidentemente, os dados que poderiam nos identificar. Espero que ela leia isso um dia e saiba como aquele momento foi importante na minha vida. E que gostaria de repetí-lo, pois não é todos os dias que a gente pode participar de uma celebração divina.

2 comentários:

  1. Este foi um conto muito excitante.
    Sonhando e imaginando uma a cena. Vc uma mulher linda e deliciosa, mesmo que nada aconteça, somente o momento de prazer jah te satifaz. Sonhar tambem poderia acontecer, eh uma realizacao. Ah momentos em que nao ha necessidade de consumar o ato fisico como neste conto. Muito bon, excelente.

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  2. Tbm acho que pode haver muito prazer nesses momentos de pura contemplação. Adorei o conto, bj gostoso.

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