Bobo nada... sentiu firmeza!
(escrito
por Kaplan)
Numa das vezes em que estivemos na França, ficamos
conhecendo o Jean-Pierre, que se mostrou muito curioso em relação ao Brasil e,
especificamente, a Minas Gerais.
Como tínhamos algumas fotos num álbum que sempre a
gente levava, mostramos a ele que ficou encantado com Ouro Preto e com os
profetas do Aleijadinho em Congonhas.
Falou que assim que pudesse, viria ao Brasil para
que mostrássemos a ele essas maravilhas barrocas. Falamos que sim, estaríamos
dispostos.
E não é que um ano e meio depois, ele telefonou
perguntando se poderia vir?
Foi Meg que atendeu, e ainda bem que naquela época os telefones não mostravam imagens, porque ela estava praticamente nua ao conversar com ele.
Então ficamos aguardando.
Ele chegou, nós o hospedamos e levamos
primeiramente para conhecer a Pampulha, o Parque das Mangabeiras, enfim, os belos
locais da capital.
Ele já queria ir no mesmo dia pra Ouro Preto, mas
falamos com ele que seria melhor ir no dia seguinte, porque gastava-se cerca de
duas horas pra chegar lá.
Ele acabou concordando. E eu falei que não poderia
ir, porque estava atolado de trabalhos. A Meg é que iria levá-lo. Ele não se
incomodou.
Fomos dormir. De manhã cedo, a Meg levantou pra fazer o café e acho que esqueceu que tínhamos visita. Nua como saiu da cama, colocou um avental e estava tranquilamente fazendo o café. O Jean-Pierre viu, porque tinha levantado cedo...
Ela sempre fazia isso porque gostava quando eu
chegava e dava uns apertos na bunda... só que naquele dia, quando eu cheguei eu
vi o francês de olhos arregalados. Quando ela percebeu, saiu correndo pro
quarto e logo voltou vestida, pedindo desculpas. Eu já comecei a imaginar o que
ia rolar naquela viagem...
Bem, fui trabalhar e os dois se mandaram para Ouro
Preto, ela dirigindo, claro.
E ele olhando as pernocas dela, pois ela foi de
short e camiseta.
E como parecia que havia pensado em coisas interessantes, a camiseta era bem folgada, entendem? Já na garagem ele gostou muito dos trajes dela!
Passar marcha e voltar com a mão pro volante dava
um lance fenomenal a ele. Que não tirava os olhos.
Finalmente chegaram em Ouro Preto, depois de
algumas conversas fora do padrão, ou seja, cantadas dele em cima dela. Que
gostou muito, me disse depois.
A ideia era passar o dia lá, dormir numa pousada e
ir a Mariana no dia seguinte. De Mariana poderiam ir a Congonhas e aí regressariam
a BH.
Ele se encantou com a cidade. Tirou centenas de fotografias, inclusive em algumas a Meg posava pra ele.
Foram almoçar. Comida típica: feijão tropeiro e
tutu. Com uma bela cachacinha para esquentar.
Saíram de lá com ele já a abraçando e sussurrando
palavras de amor no ouvido.
Ela já sabia que ia rolar bonito e em vez de uma
daquelas pousadinhas foi logo marcar para aquela noite no melhor hotel da
cidade.
Foram a todos os locais interessantes. Igreja de
São Francisco, do Rosário, do Carmo. Foram à feirinha em frente a igreja e ele
comprou algumas pequenas lembranças para levar pra França.
Foram à Casa dos Contos. Ele ficou impressionado
principalmente com a senzala, no porão do prédio. Meg explicou a ele que ali
ficavam os escravos, era a moradia deles. Um horror, disse ele!
E cansados, foram para o hotel. Ela me telefonou de
lá falando que mudaram todo o esquema e como não dava para ficar no telefone do
hotel com chamada interurbana, quando voltassem ela me contaria tudo.
Ele gostou tanto de trepar com ela que não queria
mais sair do hotel. Foi um custo ela o tirar de lá e caminharem até Mariana.
Ele foi bolinando ela o tempo todo, numa estradinha perigosa, ela teve de dar
uma bronca nele!
Chegaram lá, olharam tudo que tinha interessante e
se hospedaram na Pousada do Relógio. Nunca entendi a razão do nome, mas é bem
gostosinha, eu já estivera lá com Meg em outra ocasião.
Ele só queria saber de fotografar Meg e trepar... a noite toda foi isso!
De lá, no dia seguinte, foram para Congonhas.
Ele babou vendo os profetas esculpidos pelo
Aleijadinho e os Passos da Paixão, também obra dele. Fotografou vários.
Dali, almoçaram e ele perguntou onde dormiriam
aquela noite.
- Em casa. Voltamos agora pra lá!
- Mas já? Não tem mais coisas pra eu ver?
- Por aqui não.
Ele ficou chateado mas não teve jeito de
convencê-la.
Só pediu que quando voltasse, e ele iria voltar,
ela seria a guia dele nas cachoeiras que ela tanto falou. Ela garantiu que
sim... seria um prazer!
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