Foi um convite interessante esse!
(escrito por Kaplan)
Alguns dias atrás, perguntei a Denise se estava a fim de fazer um programa diferente no fim de semana que se avizinhava. Só ficar na cama era bom, mas não custava nada variar.
Ela me respondeu que não dava. Tinha encontrado um colega que a convidara para justamente passar o fim de semana na casa dele, numa pequena cidade aqui perto, coisa de 45 minutos de carro.
Perguntei se era para transar, ela me disse que provavelmente não.
- Ele era um ativista político, eu o conheci numa das muitas greves que os professores fizeram nos anos 80 e fiquei deveras impressionado com a capacidade argumentativa dele, com os conhecimentos de política e sociologia. Tanto é que trocamos telefones (naquela época ainda não existia internet por aqui...) e nos telefonamos muito, mas sempre para assuntos de educação e política.
- Depois ele parou de me ligar e eu acabei esquecendo dele. Não é que ele me telefona? Me agradeceu por não ter trocado o numero do telefone, que ele ainda guardava. E recordamos os velhos tempos, daí o convite dele.
- Ok, vai lá então, a gente deixa pra outro fim de semana um programa nosso.
Isso foi numa terça feira. O assunto não reapareceu. Aí, no sábado, recebo uma foto no zap. Era ela, toda produzida, com olhos brilhando e um sorriso muito suspeito.
O vestido já demonstrava que aconteceram mais conversas entre a terça e o sábado... mas não comentei nada.
Ela só disse: Estou indo lá!
Eu retruquei, dando a entender que já imagina outras coisas: - Vai lá, você merece!
E fiquei sabendo de tudo na segunda, quando ela veio me contar.
- Realmente... acho que você tem poderes mágicos, querido. Adivinhou!
- Sua cara e seu vestido já te entregavam, safadinha!
Ela riu.
- Mas foi bom demais. Estranhei que ele estava aposentado e resolvera abandonar as lutas políticas, argumentou que não estava mais aguentando o que acontece no mundo. E já foi dizendo que não me chamara para falar de coisas do passado. Queria me dizer o quanto ele gostara de mim. Me disse que me amara, mas nada dissera porque o envolvimento dele com as questões políticas e educacionais não permitiam que ele tivesse tempo pra mim.
E como o tempo estava bem frio, ele me falou que era para eu colocar meu pijama que ele iria acender a lareira. Um belo vinho já nos esperava.
Mas eu não tinha levado pijama. Levei camisola e foi com ela que me sentei perto da lareira, cercada por velas aromáticas. Nunca pensei que ele fosse capaz disso!
Música clássica... vinho... e ele todo cheiroso...
Me entreguei fácil, fácil...
Trepamos ali mesmo, num tapete felpudo.
Depois da primeira trepada, ele me perguntou se continuava solteira. Devia continuar, segundo ele, por ter aceitado o convite.
Tive de explicar direitinho o nosso relacionamento pra ele. Ficou admirado de saber que eu tinha falado com você que iria encontrá-lo. Disse que você deve ser um cara muito bacana, moderno. Confirmei tudo, viu?
Depois fomos pra cama dormir. Dormir, eu disse? HAHAHA..
Mais uma!
E quando acordei, ele já tinha levantado e preparado um belo café da manhã.
Aí me acordou, me levantou e carregou até a mesa onde café, leite, bolo, biscoitos, mamão, melão, banana... tudo arrumado.
Fiz questão de me sentar no colo dele. Estávamos os dois pelados... por que não ousar? Ele adorou e ficou de pau duro o tempo todo. Ou seja... acabado o café... mais uma!
Foi no sofá, cavalguei bonito e vi que o distinto cidadão se interessou muito pelo meu traseiro...
Foi isso, meu bem.
- Vai voltar lá?
- Convite não faltou, mas vamos ver... agora o próximo fim de semana é seu. Depois, a gente pensa...
- Claro... quem pensaria o contrário???
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