quinta-feira, 31 de março de 2011

A indiferença mata a relação

(escrito por Kaplan)


Meu amigo Zé Roberto me confidenciou que pensava em se separar de Marina, sua esposa. Estavam casados há 8 anos e, pelo que ele me falou, ela renunciara a fazer sexo, preocupada apenas com livros e mestrado. Ficava o dia inteiro lendo, anotando, fazendo fichas, indo pro computador... e até de noite, quando iam deitar, ela levava um livro e só o largava quando caia no sono. Sexo? Nem pensar... me disse que estava na base de bronhas já havia mais de seis meses. E claro, acabou encontrando alguém disposta a ir pra cama com ele. Então, achava que já era hora de encerrar o expediente com a esposa. Não agüentava mais tanta indiferença.


- Zé, você não está exagerando?

- Kaplan... seis meses sem transar com a própria esposa! Acha que estou exagerando?

- Confesso que deve ser duro mesmo... mas quem sabe isso é apenas uma fase, quando acabar esse mestrado ela readquire o fogo de antes... dá um tempo, cara. Não jogue seu casamento fora assim...

- Ah, não, meu amigo... cansei. Já tentei conversar, ela se recusa. Olha só: quem gosta sempre de discutir a relação são as mulheres... lá em casa eu é que estou querendo discutir e ela nem isso!

- É difícil mesmo...

- Você não está acreditando em mim, estou sentindo isso. Pois vamos lá em casa e você vai ver com seus próprios olhos.

- Como assim?

- Vamos lá... você vai ver...


Sem entender muito o que ele queria dizer com isso, acabei indo. Marina estava sentada na mesa, lendo atentamente um livro e, em volta, mais uma dezena deles, papéis, lápis, caneta, aquelas canetinhas que se usam para marcar textos, uma parafernália completa. O Zé Roberto chegou perto dela, deu boa noite. Ela nem olhou pra ele, só resmungou algo e continuou imersa na leitura. Nem deu pela minha presença. Eu ficara em pé, na porta que ia da sala à copa, onde ela estava. O Zé me fez sinal para esperar e ver.


Ai ele tirou a roupa toda, ficou peladão e chegou perto da Marina, masturbando-se. Logo o pau dele ficou duro e ele pediu a ela para punheta-lo. Com uma expressão de enfado, ela o fez, mas sem despregar os olhos do livro. Continuou a ler, enquando, mecanicamente, punhetava o marido.


Nem olhava para ele, muito menos para o pau dele que estava na mão dela. Assim ficou por uns cinco minutos. Ele puxou-a da cadeira, levantou a saia dela, abaixou a calcinha, fez com que ela ficasse apoiada na mesa, enfiou o pau na buceta dela e começou a bombar. E Marina, o que fez então?


Nada... continuou a ler, como se nada estivesse acontecendo. Eu já estava excitadíssimo vendo a bunda dela e o pau dele entrando e saindo sem parar. Percebi ali o quanto Zé Roberto estava chateado com a situação. Ele estava me mostrando a mulher dele, dona de uma bunda maravilhosa, me deixando ver a xoxota dela... só para me mostrar o quanto ela estava indiferente em relação a sexo com ele.


Ela não desgrudou os olhos do livro. Ele socou com força, quase fazendo ela sair do lugar e mesmo assim, ela continuava lendo. A expressão dela parecia dizer:


- Credo, vai demorar muito com isso? Não vê que está me atrapalhando?


Eu me admirava de ver como o Zé Roberto ainda conseguia manter o pau duro, pois parecia que ele estava trepando com uma boneca ou, para falar pior ainda, com uma morta. Mas ele continuou firme. Quando, finalmente, ele tirou o pau de dentro dela, ainda sem ter gozado, ela sentou-se de novo e continuou com os livros...


Ele chegou o pau bem perto do rosto dela e ali ele gozou, na lateral do rosto. A face esquerda dela ficou toda melecada e ela nem se deu ao trabalho de limpar. Só virou o rosto para ele – finalmente! – e disse:


- Acabou? Então, boa noite!


Zé Roberto deixou os braços caírem, me olhou como quem diz:


- Tá vendo, não te falei?


Vestiu-se, saiu da copa, foi para a sala. Me levou até a porta e ao elevador. Sua expressão era de imensa tristeza.


- Entendeu agora o que estou vivendo? Tenho ou não tenho razão de me mandar daqui?


Sem saber o que dizer, abracei-o e me despedi. No fundo eu estava pensando que ele estava coberto de razão.

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