segunda-feira, 29 de março de 2010

Iniciando minha amante no internato

Conto de Meg

Internatos... hoje quase não existem mais... Sinto muita pena das meninas que não podem viver o que muitas de minha geração viveram.
Tenho quase 60 anos e me recordo com muita saudade dos meus 19, 20 anos, quando estudei num internato, cujo nome não vou revelar porque correria o risco de incriminar muitas colegas, algumas das quais marcaram profundamente minha vida... meu sexo...que momentos de tesão, de prazer... ah... se as paredes dos internatos falassem...


Quando entrei, eu tinha pouco mais de 18 anos. Meu corpo já estava formado, meus seios eram altivos, um triãngulo basto e negro cobria meu sexo. No dormitório, ficávamos tanto as calouras quanto as veteranas. E, apesar de a maioria ser hetero, havia algumas que eram declaradamente lésbicas, mesmo correndo todos os riscos dos preconceitos que existiam naquela época. Existiam, eu disse? Claro que ainda existem. Duas mulheres não podem deixar seu amor à vista ainda hoje, em pleno século XXI.

Mas havia também algumas que, mesmo aceitando os carinhos daquelas que eram conhecidas como "as sapatas", tinham seus namorados, pregavam seus retratos nos cadernos e nas paredes.
Vou lhes contar minha história, ou melhor, uma parte dela, quando conheci e me apaixonei perdidamente por uma colega, de quem nunca me esqueci, apesar de ter perdido o contato com ela depois que ela saiu de lá.


Confesso a vocês que, aos 18 anos, não havia ainda me decidido em minha sexualidade. Quando saia de férias, costumava namorar rapazes, mas naquela época os namoros não eram como os de hoje. Tinham que ser bem mais discretos, as famílias vigiavam muito, havia horários rígidos. As carícias eram poucas e furtivas. Essa era a grande diferença em relação ao internato. Como lá só existiam meninas, mesmo com as freiras vigiando atentamente, sempre havia os momentos em que os corpos se desnudavam e podiam ser admirados, tocados. Era comum duas garotas passarem a noite dormindo abraçadas. Claro... de manhã cedo era bom correr e cada uma ficar em sua cama, para não despertar as iras da madre superiora...

Sempre gostei de ver minhas colegas tomando banho. Entrávamos aos grupos, pois os chuveiros eram coletivos. Dez meninas se banhavam ao mesmo tempo e, mesmo com a presença de uma madre, sempre se podia admirar o corpo, lançar olhares cúpidos e até mesmo marcar um encontro. Havia locais que só nós sabíamos, e horários em que dificilmente as irmãs estariam à procura de alguém. Era nesses locais e nesses horários que boa parte dos beijos e abraços, amassos e caricias eram trocados. Todas as meninas sabiam, mas mesmo as mais caretas evitavam comentar e ninguém pensava em dedurar as colegas. Um espírito de camaradagem existia e era forte.

Quando eu tinha 19 anos, já havia me relacionado com várias colegas, algumas mais velhas outras que entraram depois de mim. E mesmo sendo prazeroso o sexo com uma garota, ainda não havia me decidido se assumiria um lado homo ou se continuaria hetero. Ou se seria as duas coisas, por que não?
Foi então que Marina chegou.


Quando eu a vi, de imediato ela me agradou. Magra, miuda, cabelos curtinhos, seios que eu podia advinhar não serem muito grandes e uma bundinha que quando passava por mim eu tinha vontade de pegar e acariciar. Fiquei completamente alucinada quando a vi. E jurei a mim mesma que iria te-la em minha cama, ou em qualquer lugar. Mas ela seria minha.

No entanto, ela era difícil. Muito fechada, conversava pouco, estudava muito, ao contrário da maioria de nós, que só faziamos o necessário para ser aprovadas.Tive que mudar meus hábitos e começar a frequentar a biblioteca mais vezes, tudo para ve-la, sentir sua presença e,quem sabe, iniciar uma amizade que eu desejava evoluisse para outras coisas.

Procurava sempre estar a sós com ela, o que não era muito fácil, pois ela não estava na mesma série que eu. No chuveiro ela nunca ficava nua e ninguém havia conseguido ve-la "au naturel".

Uma tarde, estava na biblioteca, esperando que ela chegasse para tentar puxar uma conversa. Eis que ela entra, com ar preocupado e senta-se próximo à mesa em que eu estava. Abre os livros, cadernos e começa a ler e fazer anotações. Estávamos apenas nós duas. Fingindo interesse, perguntei porque estava tão séria. Ela me disse que teria prova de biologia na manhã seguinte e era uma matéria que ela não gostava. Preferia as humanas, mas tinha de estudar sobre bichos, corpo humano, flores... coisas que não lhe chamavam a atenção.

Perguntei qual a matéria da prova e ela me disse que era o corpo humano. Sentei-me ao seu lado e perguntei o que ela queria saber, pois eu poderia ajudá-la. Ficou feliz, abraçou-me (e me deixou mais louca ainda) e disse que estava estudando o corpo humano. Mostrou-me o livro, bem diferente dos livros de hoje. Naquela época não se podia colocar fotos de corpos nus num livro. Eram desenhos e nem sempre muito bem elaborados. Ela tinha dificuldades de entender e eu achei a maneira de ve-la nua. Com a maior naturalidade, disse a ela que as gravuras do livro não eram muito boas, e se ela quisesse poderia estudar ao vivo, eu deixaria ela ver meu corpo e explicaria a partir dele o que ela quisesse saber.

Ela assustou-se um pouco. Só faltou me perguntar se não era pecado. Mas eu insisti que não era nada demais e muitas colegas faziam isso.
Ela quis saber onde poderiamos ter tal estudo e eu lhe disse que havia um horário em que as irmãs todas iam para a capela rezar. Nesse horário ela deveria ir a um determinado lugar que eu estaria lá e ela poderia estudar, então, à vontade, sem medo.


Dito e feito. Consegui convence-la e como já se aproximava a hora das rezas, dirigi-me ao local, com o coração aos pulos. Não demorou 10 minutos e Marina chegou, com uma expressão misto de surpresa, medo e curiosidade.

Só que o local não era reservado com exclusividade. Havia mais dois "casais" lá, e como sempre acontecia nessas ocasiões, ninguém ficava olhando para ninguém. Todas se abraçavam, se amavam, se beijavam como se mais ninguém estivesse ali. Isso a deixou assustada e ela ameaçou voltar, mas eu não iria permitir.

Puxei-a para mim, abracei-a, coloquei as mãos em suas nádegas, apertando-as com firmeza mas com carinho. Depois minhas mãos procuraram seus cabelos curtinhos, deslizaram pelas orelhas, percorreram sua face. Ela fechou os olhos, rendendo-se aos meus carinhos. Puxei as alcinhas de sua blusa, deixando-a correr para o chão. Minhas mãos chegaram àqueles dois seios que eram exatamente como eu imaginava. Pequenos, com aureolas clarinhas, dois biquinhos endurecidos mostrando que ela já estava com tesão. E mais ficou quando eu beijei sua boca e desci com meus lábios para aqueles biquinhos, sorvendo-os, beijando-os com o máximo de carinho que eu podia.

Neste momento ela se deixou levar completamente. Sua saia foi ao chão e ela ficou apenas de calcinha. Mais que depressa tirei minha roupa. Abracei-a novamente, de novo com firmeza segurei suas nádegas. Puxei sua coxa esquerda para cima, enlaçando-a e fazendo com que minha coxa se esfregasse em sua xaninha, levando-a ao delírio. Ela começava a corresponder aos meus carinhos, beijando-me e sugando meus seios também, quando o sino tocou avisando que as rezas tinham acabado.

Fomos interrompidas pelo tocar do sino, que avisava do encerramento das orações e que chamava para o refeitório. Marina, talvez arrependida do que acontecera entre nós, sentou-se em uma mesa distante e passou toda a refeição com os olhos baixos, como se tivesse medo de me olhar de frente. Por mais que eu procurasse seus olhos, não consegui encontrá-los, o que me entristeceu profundamente. Será que o que acontecera seria tudo? Eu não conseguia me conformar com esta idéia.

Após a refeição, ficávamos todas no pátio, andando e conversando, e tentei então me aproximar de Marina para saber como ficaríamos depois daquele delicioso amasso do fim da tarde. Ela não teve como fugir de mim e acabamos conversando muito, protegidas pela deficiente iluminação do pátio. Ela me disse que aquilo nunca acontecera com ela antes e estava muito assustada, pois tinha um namorado e tudo ficara muito confuso na cabeça dela. Principalmente, ela disse, me olhando bem nos olhos, porque nunca havia tido sensações tão fortes como as que tivera comigo. Eu fiquei mais excitada ainda com o que ela me falava, porque também sentira coisas que não havia sentido com tal intensidade como no nosso encontro. Sem que ninguém visse, pus novamente minha mão em sua nádega, apertando-a carinhosamente, o que foi o bastante para Marina literalmente desmontar.

- Vá para minha cama hoje, por favor, pedi a ela. Quero te fazer muitos carinhos e quero que você me faça muitos também.

- Isso é loucura!!! E se nos pegam?

- Ninguém vai nos pegar... é só esperar as 23 horas. A irmã passa para conferir se todas estão dormindo e não volta mais. A gente finge que está dormindo e, em seguida, você vem para a minha cama. Nunca viu ninguém fazendo isso? Toda noite tem gente que troca de lugar!

- Já tinha notado, mas continuo achando uma loucura. Tenho medo...

- Então fique quieta. Eu vou para sua cama.

E assim foi feito. Impaciente como nunca, esperei a irmã que nos vigiava toda noite passar, dei mais uns cinco minutos de espera e sorrateiramente me esgueirei até a cama de Marina. No caminho trombei com duas colegas que também estavam trocando de lugar... aquela noite prometia. Eu fui apenas com uma camisola comprida - exigência tola do internato, que não aceitava camisolas curtas - e por baixo não usava nada. Deixei minha calcinha e meu sutiã na minha cama, não queria perder um segundo sequer. Mas Marina estava com tudo.

Deitei-me ao seu lado, sentindo seu coração pulsar fortemente. Aquela sensação de perigo liberava uma dose enorme de adrenalina em nós duas, mas nela, com certeza, a adrenalina estava a mil. Abracei-a e ela, timidamente, retribuiu meu abraço. Sua resistência só terminou quando meus lábios procuraram os dela, suavemente a principio, e depois com todo o tesão que ambas sentíamos. Foi um beijo longo, gostoso, em que nossas línguas se enrolaram, se tocaram, seguido de outros, menores, mas não menos intensos.

Rapidamente me desfiz da camisola e ajudei-a a se despir também. Totalmente nuas, nos abraçamos, sentindo que o calor de nossos corpos incendiava o leito. Nossas mãos exploravam o corpo uma da outra, nossos seios eram tocados, nossas bundas eram apertadas, nossas bocas procuravam avidamente todos os lugares que podiam ser beijados. Nossos mamilos, entumecidos de tesão, suspiravam pelas bocas que não os recusavam. Beijos, pequenas mordidas, nos deixavam cada vez mais apaixonadas uma pela outra. Mas meus dedos, já experientes, ávidos de maiores sensações, começaram a procurar seu triângulo do prazer. Acariciei sua penugem farta, tão farta quanto a minha, e fui deslizando meu dedo em direção à gruta tão cheia de segredos, mas que agora seriam desvelados. Ela me deu um beijo forte para abafar o ruído de prazer que sentiu quando enfiei meu dedo, depois outro, enquanto a outra mão procurava, atrás, outro buraquinho de prazer.

Marina suava e de vez em quando seu corpo dava um verdadeiro tranco, mostrando que seu gozo era intenso. Ainda inexperiente, deixou que eu comandasse tudo, mas houve um momento em que pedi que ela também me fizesse gozar com seus dedos. E ela, boa aluna, com apenas uma demonstração, conseguiu fazer comigo o que eu fazia com ela: penetrar dois dedos de uma mão em minha xaninha e um dedo em meu cuzinho. Foi a minha vez de beijá-la com ardor para abafar a vontade de gritar de prazer que eu tive.

Praticamente desfalecemos nos braços uma da outra. E ali permanecemos a noite toda. Quando ouvi o galo cantar, dei-lhe um último beijo e voltei para minha cama. Não podíamos ser surpreendidas e não o fomos. Desnecessário dizer que a partir daquele dia todas as noites nós ficávamos juntas, seja na cama dela, seja na minha.E foi assim que se completou a iniciação de minha amante no internato. No primeiro período de férias, quando nos separamos, foi difícil ver o mês passar. Quando nos reencontramos, sabíamos que era para sempre. Ela me disse que terminara com o namorado, pois nunca mais iria querer saber de outros carinhos e de outro amor que não fossem os meus.

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